
A Marcopolo alcançou receita líquida de R$ 3,4 bilhões em 2014. Foto: Divulgação.
A Marcopolo alcançou receita líquida de R$ 3,4 bilhões em 2014. O valor é 7,1% mais baixo do que os R$ 3,6 bilhões registrados no ano anterior. Desde 2009, este é o primeiro ano no qual a empresa não apresenta crescimento dos seus negócios.
Segundo a empresa, o resultado é decorrente principalmente da redução de 14,8% das unidades registradas na receita líquida no mercado brasileiro e do menor faturamento de chassis.
A produção mundial consolidada da Marcopolo atingiu, em 2014, 17.713 unidades, 14,2% a menos que no ano anterior (20.643), das quais 15.337 no mercado brasileiro (contra 18.489 em 2013) e 2.376 nas fábricas do exterior, 10,3% a mais que em 2013.
As vendas no país geraram receitas de R$ 2,2 bilhões ou 66,2% da receita líquida total.
Segundo José Rubens de la Rosa, CEO da Marcopolo,, o mercado brasileiro foi afetado em diferentes segmentos. No de rodoviários, a demanda foi menor pela indefinição do modelo de concessão das linhas interestaduais e internacionais no Brasil e pela retração no segmento de fretamento, diretamente ligado à atividade industrial.
No segmento de urbanos, o congelamento das tarifas nas principais cidades brasileiras, especialmente após as manifestações de junho de 2013, refletiu na menor renovação de frota das empresas do setor.
“Os recentes reajustes de tarifas praticados em mais de 80 cidades nos últimos seis meses, aliados a maiores exigências de alguns municípios, tais como a implementação de sistemas de ar-condicionado e a limitação da idade da frota, podem representar uma retomada de pedidos de urbanos”, destaca José Rubens de la Rosa.
Há pouco mais de uma semana, a Marcopolo afirmou que não tem expectativas de crescimento também para 2015.Segundo o CEO da empresa, para esse ano, “uma boa meta será repetir o resultado de 2014".