
Eldes Mattiuzzo, diretor da Fairplace, comemora aceitação da comunidade
A rede social de empréstimos Fairplace, lançada em abril, anunciou a marca de R$ 1,6 milhão em seis meses de operação. O resultado foi obtido oito meses antes do previsto pela empresa. No período, foram concedidos 410 empréstimos.
“A aceitação do publico foi muito além do esperado”, comemora o diretor da Fairplace, Eldes Mattiuzzo.
Para o executivo, o sucesso se deve às baixas taxas e ao retorno para o investidor no modelo, único na América Latina.
A média das taxas para quem toma crédito está em torno de 3,2% ao mês. Em cartão de crédito, a taxa é de 10,69%, segundo a Fairplace. No cheque especial , é de 7,47%. A carteira da Fairplace rendeu 1,9% (valor líquido em perdas). O CDI teve rendimento de 0,84% e a poupança, 0,57%.
O grande diferencial do modelo “peer-to-peer lending” é que as taxas cobradas dos tomadores de crédito são decididas através de um leilão promovido pelos investidores.
“Como apenas as menores taxas serão escolhidas pela Fairplace para compor um empréstimo, o leilão gera uma competição entre os investidores, que diminuem a oferta para não ficar de fora da negociação”, explica Mattiuzzo.
Incubada no Cietec da USP, a empresa teve investimento inicial de R$ 1,1 milhão. A Fairplace baseia-se em um modelo de negócios já difundido nos Estados Unidos, Inglaterra e Itália, desde 2006.
Para participar da rede, o internauta interessado em adquirir um empréstimo pessoal preenche um cadastro descrevendo o valor necessitado - numa margem que vai de R$ 1 mil a R$ 5 mil -, o que pretende fazer com o dinheiro e quanto pretende pagar de taxa ao mês.
Feito o cadastro, a empresa faz uma análise do pedido e da situação do solicitante no SPC para em seguida acionar os investidores. Candidatos com histórico de inadimplência ou alto risco não são aceitos e têm suas propostas recusadas antes mesmo de o processo ser iniciado.