Everis: Brasil é destaque em índice de TI da AL 5e86b

O Brasil é o país de destaque em um índice de avaliação do setor de Tecnologia da Informação e Telecomunicações realizado pela Everis na América Latina.

O país somou 4,44 pontos, aumento de 0,8% em relação ao ano ado, ao o que a América Latina como um todo obteve queda de 1,2%.
16 de dezembro de 2009 - 10:49
O Brasil é o país de destaque em um índice de avaliação do setor de Tecnologia da Informação e Telecomunicações realizado pela Everis na América Latina.

O país somou 4,44 pontos, aumento de 0,8% em relação ao ano ado, ao o que a América Latina como um todo obteve queda de 1,2%.

A pesquisa “Indicador da Sociedade da informação (ISI) para a América Latina” foi realizada pela Everis em parceria com a IESE Business School, na Espanha.

O material também avalia o Ambiente da Sociedade da Informação (ESI), que compreende os aspectos econômico, institucional, social e de infraestrutura. Os dados são referentes ao terceiro trimestre de 2009.

“Nesse período, o indicador teve o seu segundo máximo histórico. Isso prova que o Brasil foi um dos países que menos sentiu os efeitos da crise e continuou progredindo nesse setor, ao contrário do que foi observado nos demais países analisados”, afirma Teodoro López, vice-presidente da Everis Brasil.

Ainda de acordo com o executivo, em números absolutos, o Brasil está na frente em muitos indicadores, mas como o país é muito grande territorialmente, fica difícil atingir todas as regiões igualmente, e, por isso, a média fica abaixo dos demais países.

“A dimensão do Brasil dificulta a velocidade com que a tecnologia vai chegar para toda a população”, ressalta ele.

O ISI mostra que a sociedade da informação vem avançando de modo mais veloz no Brasil do que no conjunto da América Latina. Há cinco anos, o ISI do Brasil era mais de 10% inferior à média regional. Agora, é apenas 1,1% menor e a previsão da Everis é que, em um ano, essa diferença reduza a zero.

“Ainda que falte muito para progredir, creio que vale ressaltar, por exemplo, a expansão da quantidade de computadores, com 243 unidades para cada mil pessoas, o que é superado apenas pelo Chile; e as vendas do varejo online, estimadas em US$ 41 por pessoa ao ano, diante da média regional de US$ 29”, explica Diego Barceló, co-autor do ISI e pesquisador do IESE Business School.

Durante o trimestre analisado, o número de telefones móveis chegou a 836 aparelhos para cada mil pessoas no país, avanço anual de 17,3%, o segundo mais elevado depois do Peru.

Além disso, tanto o número de computadores como o de servidores cresceu mais rapidamente que a média regional.

Houve queda nos serviços TIC, o que se explica pelo decréscimo das vendas online e pelo gasto total em TIC, que em dólares anuais por habitante caiu 3,5% (chegando a US$ 41) e 10,2% (chegando a US$ 399), respectivamente.  

Já a redução da pontuação na área social é consequência do crescimento da taxa de desemprego (até 9,8%), e também da desaceleração da atividade econômica (o crescimento médio do PIB caiu de 5,6% para 3,5%), atrapalhando a nota média do bloco econômico.

O Brasil é um dos países em que o armazenamento de capital fixo por habitante cresce em ritmo mais lento.

O Brasil em números:
- 836 celulares para cada mil pessoas – aumento interanual de 17,3%;

- 243 computadores para cada mil pessoas – aumento interanual de 14,2%;

- 3,4 servidores para cada mil pessoas – aumento interanual de 9,4%;

- 16,5% dos usuários de Internet são s de Banda Larga – aumento de 2,2%;

- 341 usuários de Internet para cada mil pessoas – aumento interanual de 6,8%;

- 19 domínios de Internet para cada mil pessoas – aumento interanual de 23,4%;

- US$ 399 de gasto per capita anual em TIC – diminuição interanual de 10,2%.

Projeções para o terceiro trimestre de 2010
Um ano após este estudo, o indicador brasileiro alcançará uma qualificação média de 4,54 pontos, aumento anual de 2,3%, e seria o melhor resultado entre os países analisados.

Com isso, o Brasil ficará na média regional, o que simboliza um avanço já que o ISI do país sempre ficava situado abaixo da média.

No terceiro trimestre de 2010, as vendas online totalizariam US$ 58 anuais por pessoa, um crescimento de 39,7% e o número de domínios de Internet chegaria a 23 para cada mil pessoas, expansão de 20,3%.

Além disso, haveria 3,7 servidores para cada mil habitantes, expansão de 8,5%, o que colocaria o Brasil em segundo lugar regional de acordo com a proporção entre número de servidores e a população, ficando somente atrás do Chile.

Já no bloco econômico, três dos quatro índices melhorariam a sua pontuação, mas, apesar disso, o Brasil seria, mesmo com o leve incremento anual de 0,1%, o País com o melhor desempenho neste campo.

O PIB por pessoa teria um aumento anual de 20,5% o mais acentuado entre os países analisados, superando os US$ 8.600. O Brasil também se destacaria por conseguir a maior queda da taxa de desemprego que poderia descer 1,4 pontos percentuais chegando a 8,4%.

O ISI na América Latina
O Indicador da Sociedade da Informação (ISI) não teve melhoras anuais pelo quarto trimestre consecutivo, alcançando um valor de 4,49 pontos, 1,2% menos que no 3º trimestre de 2008.

A pontuação dos países analisados: o Chile obteve 5,57 pontos, a Argentina, 4,79; seguida do Peru, com 4,63; México, com 4,50; Brasil, com 4,44; e, em último lugar, a Colômbia, com 4,24.
 
ESI
No que se refere ao desenvolvimento do Ambiente da Sociedade da Informação (ESI), o segundo componente que complementa o indicador ISI, o Chile tem a melhor pontuação: 6,22 pontos.

Em seguida vem o Peru, com 5,62 pontos; o México, com 5,03; o Brasil com 4,92, Colômbia, com 4,90 e Argentina, com 4,82.
 
Everis
A empresa atua como uma consultoria de negócio globais e TI, atuando na Espanha, Portugal, Polônia, Itália, Chile, Brasil, Argentina, Colômbia e México, com 19 escritórios e mais de sete mil profissionais.

No Brasil, são mais de 450 colaboradores, focados nos setores de instituições financeiras, telecomunicações e indústria.

Em 2008, a empresa faturou mundialmente € 398 milhões e R$ 52 milhões no país, onde espera um crescimento de mais de 50% nos próximos anos.