Falta protagonismo feminino na cena de startups. Foto: Shutterstock.
A ONG Girls in Tech, focada na promoção da presença feminina na área de tecnologia, organiza em São Paulo na quarta-feira, 11, o que afirma ser primeira edição de um evento de pitches de startups voltando exclusivamente para empreendedoras no país.
O Lady Pitch Night acontecerá no auditório da Cubo Network, espaço de empreendedorismo digital criado pelo banco Itaú e o fundo Redpoint na capital paulista.
Participam 10 startups lideradas por mulheres. Os negócios serão analisados por um júri de composto por seis pessoas, das quais quatro são mulheres. O evento também terá uma palestra de Roberta Antunes, co-fundadora do Hotel Urbano.
A vencedora participará da edição americana do evento, em São Francisco e os quatro finalistas terão o ao uso do coworking Plug, solução de gestão Eboss e outros benefícios como ingressos para eventos internacionais e nacionais de tecnologia.
O Lady Pitch Night tem o patrocínio do Banco Mundial, Cubo, Qualcomm, Cosmos Wide, Sympla, BRQ, Google Campus e apoiadores como iMasters, Rede Mulher Empreendedora, Plug Pessoas e Negócios, Punch! e Alves&Costa Consultoria.
Fundado em 2007 pela americana Adriana Gascoigne, o GIT já está presente em mais de 18 países. No Brasil, o GIT foi lançado em junho de 2013 em São Paulo.
Não existem dados sobre o tema no Brasil, mas nos Estados Unidos estudos apontam que companhias lideradas por mulheres recebem apenas 7% do venture capital disponível.
Segundo alguns pesquisadores, o desequilíbrio pode ter a ver com discriminação sexual.
Uma pesquisa, por exemplo, mostrou vídeos de pitchs de empresas para 521 pessoas, metade delas mulheres, com a narração em off, sem mostrar os empreendedores. Com o mesmo conteúdo, 68% escolheram o projeto narrado por uma voz masculina e 32% o com a voz feminina.