
Alegando problemas no processo de seleção, a Força Aérea dos Estados Unidos cancelou a concorrência de US$ 355 milhões vencida pela Embraer no ano ado.
O contrato envolvia a fabricação de 20 aviões do modelo Super Tucano.
Segundo a Força Aérea, o processo de seleção ganho pela brasileira estaria com problemas – tendo favorecido a Embraer em detrimento da concorrente, a norte-americana Hawker Beachcraft (HB).
De acordo com o jornal Financial Times, a HB fez pressão política para uma mudança na concorrência, alegando o favorecimento.
No contrato, a Embraer fabricaria os aviões em solo norte-americano, com a previsão de contratar mais de 1 mil cidadãos dos Estados Unidos e usar matéria-prima de mais de 70 empresas norte-americanas.
A Hawker – empresa na qual o o banco de investimentos Goldman Sachs tem 49% de participação – , diz o Financial Times, chegou a processar o governo norte-americano para exercer pressão.
Em nota, a Embraer lamentou a perda do contrato e disse que aguarda maiores esclarecimentos para decidir “os próximos os”.
“A Embraer participou do referido processo de seleção disponibilizando, sem exceção e no prazo próprio, toda a documentação requerida”, relata a Folha de S. Paulo.
A empresa disse ainda acreditar que a decisão pelo Super Tucano "foi uma escolha pelo melhor produto, com desempenho em ação já comprovado e capaz de atender com maior eficiência às demandas apresentadas pelo cliente".
O contrato estava suspenso desde o dia 4 de janeiro (cinco dias depois de ter sido anunciado oficialmente).
A brasileira Embraer é a 94º no ranking das maiores empresas em vendas de armas e serviços militares, divulgado pelo Instituto Internacional de Estudos da Paz de Estocolmo. O ranking, referente a 2010, registrou que a Embraer vendeu US$ 670 milhões em aviões militares, como o Super Tucano.
Já a Hawker Beechcraft ocupa a 83ª posição, com US$ 780 milhões vendidos.
Leia a matéria completa do Financial Times (em inglês) e da Folha (para s) nos links relacionados abaixo.