Quase metade (46%) dos responsáveis pela área de TI das empresas ite que desconhece os custos exatos para manter todas as aplicações corporativas atualizadas.
É o que indica um estudo global realizado pela Vanson Bourne, a pedido da Borland, que ouviu 590 diretores de TI e CIOs de nove países, incluindo 100 executivos do Brasil.
Conforme a análise, essa falta de entendimento gera um “ivo oculto” para as organizações, aumentando riscos para o negócio.
O estudo estima que os custos globais para atualização das aplicações atinge cerca de US$ 10,9 milhões, dos quais US$ 8,5 milhões são voltados especificamente à manutenção de sistemas que rodam no mainframe.
E as expectativas são de que esses custos cresçam uma média de 9% ao longo dos próximos cinco anos.
Por outro lado, 87% dos entrevistados confirmaram que já têm um processo e uma estratégia para gerenciar seu portfólio de aplicações, que prevê revisões constantes.
Apesar disso, 56% deles item que não conhecem esses ambientes de forma detalhada.
Outro dado preocupante é que um em cada 20 entrevistados confessa que seu ambiente de aplicações é uma “massa confusa”, enquanto 18% afirmam que contêm um legado que “ninguém faz ideia de como atualizá-lo”.
O mesmo número de 18% destaca que seu ambiente tem aplicações redundantes, que consomem recursos desnecessários de TI.
Além disso, 15% ressaltaram que processos de fusões e aquisições geraram um ambiente confuso de aplicações, com pouca integração das soluções e uma falta de clareza sobre quais delas podem ser descontinuadas.
“Nossa pesquisa destaca que a TI tem virado, cada vez mais, um problema para a gestão de ativos”, afirma Kevin Brearley, diretor de Produtos para Gerenciamento da Micro Focus, grupo ao qual pertence a Borland.
Isso, segundo ele, transforma a gestão do portfólio de aplicações em uma prioridade estratégica, mas com desafio de provar o ROI da implementação de uma solução de APM (Application Portfolio Management, ou gestão do portfólio de aplicação).
“Os gestores de TI são cobrados, cada vez mais, por resultados em curto prazo, no entanto, esse tipo de projeto tende a trazer um retorno em médio e curto prazo”, avalia o executivo.
Ao longo desta década, comenta Brearley, os departamentos de TI terão de deixar a “obsessão por projetos” para ficarem obcecados por ativos - particularmente se quiserem tirar proveito dos 27% dos orçamentos anuais de TI que os entrevistados disseram que são alocados para operar, manter e melhorar as aplicações que rodam no mainframe.