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Big Data ainda é desafio para as empresas. Foto: Flickr.com/infocux
Uma pesquisa da Pitney Bowes Software sobre Big Data revela que entre vice-presidentes e presidentes de empresas entrevistados nos EUA, 80% afirmam que obter valor por meio de dados ainda é um desafio e uma realidade longínqua em suas organizações.
Como argumento para esta dificuldade, a resposta mais selecionada, por 35% dos pesquisados, foi que há muitos dados e poucos recursos.
Além disso, 38% dos entrevistados relataram que a falta de habilidade e capacidade analítica são os maiores obstáculos para agregar valor ao negócio a partir do Big Data.
Segundo números do Gartner, o Big Data representará U$ 3,7 trilhões de gastos em 2013 e criará 4,4 milhões de empregos até 2015 em todo o mundo.
Já de acordo com o DMA, os gastos globais em publicidade irão crescer 4,7% dos US $ 480 bilhões em 2012.
O aumento das despesas em TI e marketing envolverão investimentos em recursos humanos para agregar valor à construção dos dados.
"Muitos dos nossos clientes ganham conhecimento do negócio centralizando as equipes de análise de dados para o desenvolvimento de melhores práticas e de relatórios consistentes", destaca Matt Guaregozlou, diretor para América Latina e Caribe da Pitney Bowes Software.
Segundo ele, as organizações devem “resistir à tentação de continuar a usar dados isolados de clientes para cada campanha de marketing”, já que, ao repetir exercícios de análise de dados ao longo do tempo, as marcas criarão “conversas relevantes e relacionamentos duradouros com os clientes mais lucrativos”.
Com práticas de planejamento estratégico em torno de dados e gastos, o executivo faz uma lista de recomendações:
- Demonstrar o valor para o negócio de cada projeto de dados ou exercício para os altos executivos,
- Concentrar os gastos com pessoal em análises avançadas e habilidades de comunicar relatórios.
- Pensar se a centralização, gerenciamento e análise dos dados irão realmente agregar valor ao negócio.
- Repetir exercícios de análise de dados ao longo do tempo, para medir as mudanças nos resultados de negócios e no comportamento do consumidor.
Os conselhos são reforçados por Art Coviello, vice-presidente da EMC e presidente executivo da RSA, divisão de segurança da emprsea.
Em discurso na abertura da Conferência da RSA de 2013, ele defendeu que uma estratégia de segurança inteligente é fundamental para o bom uso do Big Data.
Para ele, há uma enorme quantidade de dados não estruturados sendo minados, e a riqueza e variabilidade destas informações oferecem oportunidades para os negócios, mas também para pessoas mal intencionadas.
“Não vai demorar para que as aplicações e o armazenamento de Big Data tornem-se as joias da coroa de uma organização, e estarão prontamente íveis na nuvem e via dispositivos móveis em todas as nossas empresas hiperconectadas. E não só por nós, mas também por nossos adversários”, avaliou Coviello.
Coviello também clamou por um “nível mais realista de compreensão” quando se trata da escalada de ameaças, e ressaltou que a gestão de segurança para o Big Data tem de ar por avaliação da potência de computação, largura de banda, capacidade de armazenamento e, é claro, os próprios dados.
“As organizações precisarão ter o nível correto de contexto para desenvolver informações específicas sobre os ativos digitais, usuários e sistemas”, analisa o executivo.
Uma abordagem holística, mas com implementação de controles individuais do Big Data, em substituição a controles isolados de tarefas específicas, como o bloqueador de malware, é outra recomendação do presidente da RSA.
“ Os controles individuais devem evoluir para interagirem com feeds de inteligência, plataformas de risco e conformidade, sistemas de gerenciamento de segurança, e com todos estes entre si, tornando-os mais dinâmicos e conscientes”, finaliza.