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Funcionários da Foxconn no Brasil estão ameaçando entrar em greve nas próximas semana.
Segundo publicado pela baguete-br.diariomineiro.net, os colaboradores de Jundiaí reclamam das condições de trabalho na unidade, onde são produzidos iPhones para a Apple e também unidades de iPad.
São 2,5 mil empregados na fábrica no interior paulista.
Nessa quarta-feira, 25, o Sindicato dos Metalúrgicos de Jundiaí entregou uma pauta de reivindicações à direção da empresa. As principais queixas recaem sobre as instalações físicas, que seriam inadequadas para o volume de pessoas que trabalham na fábrica.
Entre os pontos que devem ser melhorados, segundo a pauta, estão o sistema de transporte de funcionários e a capacidade do refeitório.
O estopim para a mobilização, porém, foi a falta de água potável.
“A água começou a faltar em alguns dias”, afirma o representante, que pediu para não ser identificado. “Na sexta-feira ada, a água também faltou, e esse foi o limite”, diz.
Os trabalhadores decidiram aguardar uma resposta da Foxconn até 3 de maio.
Caso a greve se concretize, pode atrapalhar o fornecimento dos iPad 2 fabricados no Brasil – e possivelmente mais baratos, graça aos benefícios fiscais do governo.
Os modelos produzidos em território nacional já estariam prontos, aguardando apenas a regularização para a venda. Repor os modelos, num país em que a demanda por tablets deve chegar a 1 milhão em 2012 – o dobro do comercializado no ano ado – pode ser um desafio.
As manifestações dos brasileiros refletem a má fama que a empresa já tem no mercado asiático.
Recentemente, cerca de 300 funcionários subiram para o telhado de uma das fábricas, também na China, e ameaçaram cometer suicídio coletivo.
Os problemas que levaram a essa ação radical pelos colaboradores foi a realocação para outra linha de produção, sem treinamento e com horas extras excessivas.
De acordo com a Exame, uma das soluções da Foxconn foi colocar uma rede entre as ruas das fábricas para evitar que aqueles que pulem caiam no chão.