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A web 2.0 como oportunidade de negócios, mas também como um desafio para quem pretende se aventurar nesta rede de possibilidades.
Este foi um dos debates do Campus Party 2010, que além de gamers e blogueiros, também reuniu empreendedores interessados no mercado web. Porém, será que o país já está tão pronto para investir nas startups como, por exemplo, os Estados Unidos?
A questão, colocada por Diego Remus, consultor e editor-chefe do Startupi, blog dedicado a startups brasileiras, resume a incerteza que ronda este mercado no país.
"Os empreendedores web mais bem sucedidos explicam que empreender na web só pode ser comparado à paixão pela incerteza, mesmo que hoje em dia o mercado esteja muito propício para esse tipo de atividade”, comenta Remus.
E ponha propício: o Buscapé, por exemplo, iniciou por aqui e acabou sendo vendido para a Naspers por US$ 342 milhões.
A venda da empresa especializada em pesquisa e comparação de produtos e preços na web é um ponto a favor das startups brasileiras, segundo Gilberto Alves Júnior, sócio e diretor executivo da Amanaiê, agência focada em aplicativos para publicidade e branding em redes sociais.
Para ele, o maior desafio do mercado web 2.0 nacional é ter um bom case de saída, que melhore a imagem no exterior.
“Com o case do Buscapé, os investidores já confiam muito mais no país”, comemora ele.
Um bom começo, mas o desafio não está vencido - conforme Alves Júnior, agora é preciso ter um case de sucesso mundial, um produto como o Youtube, que usuários de todo o mundo gostem e usem bastante.
Eureka... e agora?
Idéia tida e elaborada, o próximo o também é difícil: como viabilizá-la?
Segundo os especialistas, quem quer se dar bem neste mercado precisa, depois de elaborar o produto, partir para a elaboração de um bom plano de negócios, além de certificar-se de ter à mão um time capaz de executá-lo.
E nesta busca pela viabilização do negócio, uma das principais buscas é por capital. É aí que entram os investidores anjo, financiamentos do governo, venture capital ou mesmo parcerias, permutas, que não envolvam dinheiro.
Anjos
Tanto Alves Júnior quanto Remus destacam os investidores anjo como peça fundamental do processo de alcance do sucesso de uma start up.
“Isto porque contam com mais capital do que um empreendedor conseguiria juntar sozinho. Trata-se de quantias entre R$ 80 mil e R$ 500 mil anuais investidos”, ressalta Remus. “Mas muito menos do que os fundos de capital de risco costumam istrar”, pondera.
O principal, entretanto, não é o dinheiro: para o consultor, a experiência de mercado dos investidores anjos conta muito.
“Eles ajudam a priorizar, focar, dinamizar”, avalia ele.
Lá e aqui
Remus lembra que a aposta nos investidores anjo já se consolidou nos Estados Unidos, onde o cenário é povoado por centenas de associações deste tipo.
No Brasil, porém, ainda há um longo caminho pela frente.
“Sabe-se de quatro associações, na Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Florianópolis, além de dois fundos de mercado profissionais que vêm fazendo bons trabalhos com startups em Minas Gerais”, salienta o especialista.
O que não fazer
E se um o importante para consolidar uma start up na web 2.0 é se aliar a quem tem experiência no assunto, outro tão essencial quanto é saber que erros não cometer.
Para Remus, os erros mais comuns em startups são não cuidar de um plano de negócios e, simultaneamente, não atentar ao mercado e alterar esse plano, se necessário.
A falta de critério na escolha de sócios ou a falta de pesquisa de concorrência no mercado também podem ser fatais para seu negócio, sentencia o consultor.
Além do Buscapé
Um exemplo de startup web 2.0 que deu certo é o Videolog, site de vídeos que nasceu antes do YouTube e aposta em atuação semelhante ao Vimeo: criar uma comunidade de produtores de vídeo online.
Em 2007, o projeto foi apresentado na sede da Google como exemplo de inovação em produção cultural, recebeu o prêmio Rio Info e foi selecionado por júri especializado como uma das 49 startups para se ficar de olho.
Segundo Edson Mackenzie, do Videolog, o desafio está em acreditar na ideia e saber apresentá-la.
“Às vezes temos uma idéia brilhante e não acreditamos e, quando acreditamos, não conseguimos fazer com que os outros comprem a idéia”, lamenta.
Para Mackenzie, o empreendedor precisa entender que a qualificação é a chave para garantir esta compreensão por parte do mercado.
Este foi um dos debates do Campus Party 2010, que além de gamers e blogueiros, também reuniu empreendedores interessados no mercado web. Porém, será que o país já está tão pronto para investir nas startups como, por exemplo, os Estados Unidos?
A questão, colocada por Diego Remus, consultor e editor-chefe do Startupi, blog dedicado a startups brasileiras, resume a incerteza que ronda este mercado no país.
"Os empreendedores web mais bem sucedidos explicam que empreender na web só pode ser comparado à paixão pela incerteza, mesmo que hoje em dia o mercado esteja muito propício para esse tipo de atividade”, comenta Remus.
E ponha propício: o Buscapé, por exemplo, iniciou por aqui e acabou sendo vendido para a Naspers por US$ 342 milhões.
A venda da empresa especializada em pesquisa e comparação de produtos e preços na web é um ponto a favor das startups brasileiras, segundo Gilberto Alves Júnior, sócio e diretor executivo da Amanaiê, agência focada em aplicativos para publicidade e branding em redes sociais.
Para ele, o maior desafio do mercado web 2.0 nacional é ter um bom case de saída, que melhore a imagem no exterior.
“Com o case do Buscapé, os investidores já confiam muito mais no país”, comemora ele.
Um bom começo, mas o desafio não está vencido - conforme Alves Júnior, agora é preciso ter um case de sucesso mundial, um produto como o Youtube, que usuários de todo o mundo gostem e usem bastante.
Eureka... e agora?
Idéia tida e elaborada, o próximo o também é difícil: como viabilizá-la?
Segundo os especialistas, quem quer se dar bem neste mercado precisa, depois de elaborar o produto, partir para a elaboração de um bom plano de negócios, além de certificar-se de ter à mão um time capaz de executá-lo.
E nesta busca pela viabilização do negócio, uma das principais buscas é por capital. É aí que entram os investidores anjo, financiamentos do governo, venture capital ou mesmo parcerias, permutas, que não envolvam dinheiro.
Anjos
Tanto Alves Júnior quanto Remus destacam os investidores anjo como peça fundamental do processo de alcance do sucesso de uma start up.
“Isto porque contam com mais capital do que um empreendedor conseguiria juntar sozinho. Trata-se de quantias entre R$ 80 mil e R$ 500 mil anuais investidos”, ressalta Remus. “Mas muito menos do que os fundos de capital de risco costumam istrar”, pondera.
O principal, entretanto, não é o dinheiro: para o consultor, a experiência de mercado dos investidores anjos conta muito.
“Eles ajudam a priorizar, focar, dinamizar”, avalia ele.
Lá e aqui
Remus lembra que a aposta nos investidores anjo já se consolidou nos Estados Unidos, onde o cenário é povoado por centenas de associações deste tipo.
No Brasil, porém, ainda há um longo caminho pela frente.
“Sabe-se de quatro associações, na Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Florianópolis, além de dois fundos de mercado profissionais que vêm fazendo bons trabalhos com startups em Minas Gerais”, salienta o especialista.
O que não fazer
E se um o importante para consolidar uma start up na web 2.0 é se aliar a quem tem experiência no assunto, outro tão essencial quanto é saber que erros não cometer.
Para Remus, os erros mais comuns em startups são não cuidar de um plano de negócios e, simultaneamente, não atentar ao mercado e alterar esse plano, se necessário.
A falta de critério na escolha de sócios ou a falta de pesquisa de concorrência no mercado também podem ser fatais para seu negócio, sentencia o consultor.
Além do Buscapé
Um exemplo de startup web 2.0 que deu certo é o Videolog, site de vídeos que nasceu antes do YouTube e aposta em atuação semelhante ao Vimeo: criar uma comunidade de produtores de vídeo online.
Em 2007, o projeto foi apresentado na sede da Google como exemplo de inovação em produção cultural, recebeu o prêmio Rio Info e foi selecionado por júri especializado como uma das 49 startups para se ficar de olho.
Segundo Edson Mackenzie, do Videolog, o desafio está em acreditar na ideia e saber apresentá-la.
“Às vezes temos uma idéia brilhante e não acreditamos e, quando acreditamos, não conseguimos fazer com que os outros comprem a idéia”, lamenta.
Para Mackenzie, o empreendedor precisa entender que a qualificação é a chave para garantir esta compreensão por parte do mercado.