Homens na faixa dos 30 anos, com elevado nível de escolaridade, formados em diversas áreas, que empreendem para fazer aquilo que gostam, residentes no eixo Sudeste/Sul do Brasil e sem o a investimento para iniciarem suas startups - a maioria mantém emprego para financiar com capital próprio.
Este é o perfil do empreendedor digital brasileiro, de acordo com pesquisa encomendada pelo Grupo RBS a M. Sense Pesquisa e Inteligência de Mercado.
Para o estudo, foram entrevistados 770 empreendedores digitais de todo o Brasil entre setembro e outubro deste ano, sendo que, como “empreendedor digital”, a pesquisa levou em conta fundadores ou idealizadores de empresas do meio digital.
Sul e Sudeste no topo
Conforme os dados, o Sul e Sudeste ficam com 93% dos empreendimentos digitais, sendo a idade media das companhias três anos de vida ou menos (74%).
O estado de São Paulo desponta como o maior polo brasileiro de empreendimentos digitais, com 62% do total de projetos.
O levantamento indica, ainda, que as startups são em média fundada por dois sócios (39%) e contam com cerca de cinco pessoas trabalhando nelas (36%).
Do início até o lançamento do produto, 38% dos empreendedores levam de sete a 12 meses de trabalho.
No contra
O estudo aponta que a pirâmide social dos empreendedores digitais é diferente do perfil da população brasileira.
Além de majoritariamente homens (75%) e com idade entre 20 e 30 anos (61%), 86% dos empreendedores digitais identificados pertencem às classes A e B.
Já entre a população do país em geral, as mulheres são ligeiramente mais numerosas e a classe C é a maioria, inclusive entre os internautas.
Dificuldades
Como as principais dificuldades encontradas pelos empreendedores digitais brasileiros, a pesquisa indica a falta de investidores, sejam eles públicos ou privados, como a principal.
A falta de mão de obra qualificada, principalmente em tecnologia, além de carência de políticas de incentivo do governo, também entram na lista.
Falta para inovação
“Para viabilizar seu negócio, o profissional precisa colocar sua ideia em prática rapidamente para ter retorno e, no mínimo, conseguir se manter, não sobrando tempo nem recursos para investir em inovação”, acrescenta Bruggioni.
Motivação
A maior motivação indicada pelos entrevistados para empreender é trabalhar com o que gosta: 79% apostam nisso.