PREGÃO

Embratel na frente da nuvem do governo 5j416l

Com oferta baseada em AWS e desconto agressivo, companhia está a um P.O.C de levar o contrato. 6k1o63

14 de novembro de 2018 - 16:43
Ministério do Planejamento está fazendo uma grande licitação aos 44 do segundo tempo.

Ministério do Planejamento está fazendo uma grande licitação aos 44 do segundo tempo.

A Embratel está perto de levar o grande contrato de nuvem pública do governo federal.

Nesta segunda, 12, o Ministério do Planejamento aceitou a proposta de preços da Embratel, de R$ 29,9 milhões, e abriu um prazo de cinco dias para que a empresa apresente as provas de conceito para Infraestrutura como Serviço (IaaS) e Plataforma como Serviço (PaaS).

O valor oferecido pela Embratel foi um pouco menos da metade dos R$ 71,4 milhões que o governo tinha estipulado como lance inicial.

A Embratel disputou a licitação com a sua subsidiária de outsourcing de TI e telecom, a Primesys. 

Ao todo participaram da disputa outros 11 nomes, incluindo grandes companhias como Tivit, Globalweb, Brasoftware, Capgemini, empresas de médio porte como BR Cloud, UOL Diveo, Binario e players menos conhecidos como GMAES, Central IT, RJR e Real Digital.

A Embratel por enquanto está cautelosa. Procurada pela reportagem do Baguete, a empresa disse apenas que “não comenta processos em andamento”.

Talvez a precaução tenha razão de ser. Pelo que se pode entender dos documentos publicados no site do Ministério do Planejamento, os participantes tem ofertas baseadas nos serviços de AWS, Azure e Google, os três grandes players de nuvem pública.

De acordo com o Convergência Digital, que costuma ter informações de bastidores do que acontece em licitações desse tipo, a oferta da Embratel inicialmente era em cima de Azure e depois ou para AWS.

Isso teria acontecido porque outra empresa disputando, a Brasoftware, um dos grandes parceiros Microsoft do país, também tinha uma oferta sobre Azure. A Globalweb, segunda no pregão, seria outra parceira AWS.

Caso a Embratel emplaque a prova de conceito e a chuva de contestações que deve vir dos concorrentes, ainda é preciso saber se o novo governo, a tomar posse em um mês e meio, terá o assunto entre as suas prioridades.

A Embratel tem cinco data centers próprios no Brasil e tem planos de se tornar um dos maiores players no mercado de TI brasileiro nos próximos anos, com uma oferta indo desde telecomunicações até implantação de sistemas, ando por outsourcing de TI, service desk e fábrica de software.

O objetivo é replicar por aqui o posicionamento que a América Móvil, controladora da Embratel, tem no México. Lá, a empresa está entre as cinco maiores de serviços de TI, junto com players como IBM, HPE e Sofftek.

Recentemente, a empresa fechou um acordo com a Ustore, para usar a tecnologia da startup pernambucana para fazer a gestão, bilhetagem, orquestração e provisionamento de recursos, serviços e aplicações de múltiplas nuvens públicas e privadas.

A atual licitação de nuvem do governo federal começou a ser discutida em 2013.

Ela marca uma virada estratégica em termos de infraestrutura para o governo federal. 

Em 2016, o Ministério do Planejamento orientou os órgãos públicos a não investirem mais em infraestrutura própria, recomendado a contratação de computação em nuvem.

Foi uma reversão de curso  em mais de uma década de estratégia (posta em prática com diferentes graus de convicção) dos governos petistas em relação a tecnologia.

Ainda em 2012, o Serpro, estatal federal de processamento de dados, investiu R$ 40 milhões em duplicar seu data center de Brasília, e anunciou outros R$ 180 milhões para a construção de um novo centro em São Paulo.

O conceito era que o Serpro deveria ser o provedor de computação em nuvem para o governo, como uma prolongação da estratégia de desenvolvimento interno  de tecnologia baseada em software livre visando a “independência tecnológica” frente aos grandes fornecedores multinacionais de TI.

O Ministério do Planejamento justificou a decisão de migrar para fornecedores privados pela padronização tecnológica e a redução de custos por compra em escala.

Inicialmente, também estava prevista a contratação de dois provedores diferentes evita o “aprisionamento a um fornecedor” e garante a continuidade em caso de falhas.

Em maio de 2018, no entanto, foi divulgado um novo termo de referência para o projeto, no qual se abandona a ideia de adotar múltiplas nuvens orquestradas, colocando fichas em um só fornecedor.

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