RPA

E se o robô parar? 1s6r68

Automação robótica de processos é uma solução para reduzir custos. Mas é preciso ter um plano B. 6lx28

15 de julho de 2020 - 10:55
Victor Tubino, gerente sênior da prática de riscos e performance na ICTS Protiviti. Foto: divulgação.

Victor Tubino, gerente sênior da prática de riscos e performance na ICTS Protiviti. Foto: divulgação.

Há um movimento exponencial em diversas empresas pela busca da Transformação Digital. Uma delas é o RPA (do inglês, Robotic Process Automation), que promove automatização de processos por meio de robôs.

A tecnologia ganhou força após a pandemia da Covid-19 porque digitaliza atividades realizadas por humanos, garantindo, desta forma, o distanciamento social para combater o avanço do Coronavírus sem que seja comprometida a manutenção dos serviços prestados pelas empresas.

Um estudo global feito pela Protiviti com a colaboração da ESI ThoughtLab dá corpo à tendência do RPA ao apontar que companhias dos Estados Unidos e de alguns países da Europa deverão investir significativamente em projetos para a implementação desta tecnologia.

Em empresas de grande porte, o investimento deve chegar até US$ 20 milhões, enquanto às de médio porte ficará em cerca de US$ 5 milhões. A previsão ocorreu antes da pandemia, ou seja, esses números devem ser elevados em função da demanda por este modelo de tecnologia após percebemos a necessidade de automação nos momentos de crise.

De certo, este aporte será essencial para melhorar a competividade das empresas, a produtividade dos funcionários e dar maior agilidade nas atividades rotineiras.

No Brasil, apesar do uso de robôs ainda estar em fase inicial, já é possível vislumbrar pequenos esforços das empresas ao incluírem mão de obra robótica em demandas do dia a dia, como conciliação contábil, diligência de fornecedores e clientes, análises básicas de cadastro e agendamentos de reservas.

Mas frente ao crescente cenário de expectativas em relação ao uso do RPA, que deve ampliar pós- pandemia, é necessário fazer uma pergunta fundamental: e se o robô parar?

A indagação ajuda a refletir não só a atual dependência robótica vivenciada no mundo corporativo, mas, principalmente, traz uma reflexão dos impactos financeiros, operacionais e de imagem causados por um possível bug do robô.

Para não ficarmos nas mãos dos robôs, avalie os aspectos abaixo ainda na fase de implementação.

- A criticidade da parada das atividades do robô para o negócio - são críticas ou há uma tolerância?

- Há alertas para identificação de possíveis paradas do robô? Quais e como serão acionados?

- Há ações de contingência para as atividades do robô? Se sim, quem sabe executá-las?

- As etapas dos processos de execução e da implementação estão documentadas e é possível obter rapidamente esta informação?

- Há planos de recuperação dos sistemas e dos robôs para sua retomada? Os processos automatizados estão incorporados neste plano?

- Essa parada pode afetar minha relação com os clientes? Se sim, como serão afetados?

- Tenho pessoas preparadas para gerenciar uma crise corporativa?

Todas essas perguntas são essenciais para situações de Gestão de Continuidade de Negócios (GCN), tornando a empresa, além de tecnológica, também resiliente para responder a situações adversas rapidamente.

*Por Victor Tubino, gerente sênior da prática de riscos e performance na ICTS Protiviti.

Leia mais 59b1u

AUTOMAÇÃO

IBM compra empresa de RPA brasileira 1le6b

Há 1793 dias
AUTOMAÇÃO

Triad Systems faz RPA com UiPath 6up4y

Há 1793 dias
ROBÔS

Cemig usa RPA da Crawly 2l5j6t

Há 1802 dias
TRANSPORTE

RB integra ERP com cliente usando RPA 63644c

AUTOMAÇÃO

Caixa Seguradora implanta RPA da Uipath com Atos 1r3g58

PROCESSOS

Edgar Garcia assume comercial da UiPath 5ha2k

BPO

Daniela Piccinato volta para Atento v423p

CONFORMIDADE

Banco Semear gerencia riscos com SoftExpert 6v3x5x

FUTURO

Tecnologias para ficar de olho em 2020 5jc1a

AUTOMAÇÃO

GOL: RPA para gerenciar programação de voos 3q1z6l