
Leandro Pompermaier
A e-Core decidiu misturar métodos ágeis na sua receita do CMMI nível 2, ao fazer a reavaliação períodica exigida para manter o selo de qualidade americano.
De acordo com Leandro Pompermaier , um dos sócios da companhia, grande parte dos ingredientes ágeis da mistura vem do Scrum.
A outra parte da receita do framework, batizado de Optimus Distributed Agile Methodologytm, são ferramentas da Atlassian para gestão de projetos como o Jira, para controle de métricas, Confluence para organização de documentação e Fisheye para manter a rastreabilidade e controle de versão do código fonte.
“Nós precisamos fazer planejamento no curto prazo com entregáveis constantes e pequenos, dentro de um processo que dê poder aos times”, analisa Pompermaier. “Nós queriamos aprimorar os processos baseados em modelos peso pesado como o RUP, mas evitar a queda de produtividade gerada por criar documentos que não terminam nunca”, completa.
De acordo com o empresário, o model o se adequa mais ao modelo de negócio da companhia gaúcha, que atende a clientes nos Estados Unidos e São Paulo através de um centro de desenvolvimento em Porto Alegre, tarefa que demandaria um processo de desenvolvimento ágil e distribuído.
Tidas como incompactíveis por muitos, as metodologias ágeis de desenvolvimento de software e modelos estruturados de qualidade como tem sido cada vez mais usadas em conjunto. Ainda em 2009, a Universidade de Carnegie Mellon, criadora do modelo CMMI já começou a apontar essa possibilidade.
No Rio Grande do Sul, a DBServer já obteve uma certificação de nível 2 usando um approach similar ao usado na recertificação da e-Core.
Segundo observações de analsitas de mercado, existem hoje no Brasil cerca de 150 empresas certificadas em algum nível do CMMI. A maioria delas – 90 – está no nível 2, o primeiro da escada, que vai até 5.