No Brasil, o e-commerce apresentou um aumento de 16% em 2021. Foto: Pexels
O mercado brasileiro de e-commerce deverá aumentar 95% até 2025, chegando a um faturamento de US$ 79 bilhões, de acordo com o relatório The Global Payments Report 2022, divulgado pela FIS, uma referência no mercado de pagamentos.
A previsão é o dobro do ritmo de crescimento do mercado mundial, para o qual a expectativa é uma alta de 55,3%, atingindo mais de US$ 8 trilhões em valor de transações.
No Brasil, o e-commerce apresentou um aumento de 16% em 2021, quando comparado ao ano anterior.
Em relação a 2021, o estudo notou que o comércio eletrônico global continuou com 13,9% de crescimento. Já o valor da transação no ponto de venda (PDV) chegou a 13,4%, o que reflete a recuperação dos impactos da pandemia da Covid-19.
Uma das projeções da pesquisa é o que o Buy Now, Pay Later (BNPL), modelo de carnê para o comércio eletrônico, será o método de pagamento que mais cresce no mundo online e nas lojas físicas entre 2021 e 2025.
A estimativa é que haja expansão deste modelo na Argentina, Bélgica, Brasil, Canadá, Chile, França, Hong Kong, Índia, Nova Zelândia, Singapura, Reino Unido e EUA.
O uso de métodos tradicionais de pagamento, como cartões e dinheiro em espécie, estão projetados para representar menos de um terço do valor global das transações de comércio eletrônico em 2025.
A previsão é que o dinheiro em espécie caia abaixo de 25% até 2024.
Cerca de 44,7% do valor das transações do comércio eletrônico em 2021 foi feito por cartões de crédito, uma das principais formas de pagamento dos consumidores brasileiros. As transferências bancárias, cartões de débito, carteiras digitais e boleto bancário renderam, cada uma, mais de 10% dos gastos com comércio eletrônico.
A previsão é que o pagamento por Pix, que tem pouco mais de um ano desde sua implementação no Brasil e já possui mais de 110 milhões de usuários, suba de 10,9% para quase 18% em 2025.
"Mesmo com mais clientes retornando às lojas físicas, não há volta com relação às
inovações que temos visto nos meios de pagamento e comércio eletrônico", afirma Juan Pablo D ́Antiochia, vice-presidente sênior da Worldpay from FIS para a América Latina.
Mariana Murara 50211b
Jornalista no Baguete Diário