
Meirelles é incógnita na presidência do BC
Se os rumores sobre a saída de Henrique Meireles da presidência do Banco Central se confirmarem, alguns nomes já são cogitados como possíveis aspirantes ao cargo.
A lista traz Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco; Octavio de Barros, economista-chefe do mesmo banco; Fabio Barbosa, presidente do Santander no Brasil; e Alexandre Tombini, atual diretor de normas do BC.
Os boatos sobre a saída de Meirelles são vários. A consultoria MCM Consultores, por exemplo, afirmou a muito provável sucessão do gestor depois que ele declarou em um discurso, na segunda-feira, 22, que pretendia "terminar o mandato zelando pela estabilidade macroeconômica do país e providenciando as condições necessárias para que o crescimento seja sustentado".
Entretanto, questionado sobre o assunto, Meirelles desconversou e disse ter apenas feito uma menção do bom momento vivido pela economia nacional.
Já a assessoria da presidente eleita, Dilma Rousseff, não nega nem confirma a saída do atual presidente do BC, mas é imperativa ao dizer que a possível troca ou permanência do cargo não depende de questões relativas à autonomia gerencial da instituição - já que chegaram a haver rumores sobre uma possível subordinação do BC ao Ministério da Fazenda.
Conforme divulgado pela mídia, o nome mais cotado para assumir a presidência do Banco Central é o de Tombini, que já é prata da casa. O nome seria, inclusive, o preferido de Meirelles, conforme a MCM.
Octavio de Barros, por sua vez, nega a possibilidade.
Em entrevista à Exame, ele afirmou que é "muito gentil" ver seu nome mencionado, "mas as pessoas que me conhecem sabem perfeitamente que não tenho essa vaidade".
Barros reiterou, ainda, que tem uma situação privilegiada como diretor do Bradesco, onde comanda um time de 50 pessoas e tem apoio "extraordinário" do comando do banco.
Os outros possíveis ocupantes do cargo ainda não foram ouvidos.