
Equipe da Dinamize em Lisboa, comemorando a abertura da nova filial.
A Dinamize, companhia gaúcha especializada em automação de marketing, acaba de dar um o importante no seu processo de internacionalização, com aquisição da franquia da empresa em Portugal e a abertura da sua primeira operação própria fora do Brasil.
Com a aquisição, a Dinamize poderá fazer mais investimentos diretos na nova filial em Lisboa, através da qual pretende incrementar a penetração na Europa. A empresa tem outras franquias internacionais localizadas em Londres e Toronto.
A Dinamize tem softwares para gestão de campanhas de marketing por e-mail, SMS e redes sociais, e vem fazendo um esforço por internacionalizar a marca desde 2015.
A representatividade dos clientes internacionais ainda é baixa no faturamento total, em torno de 3%, mas a internacionalização traz outros benefícios, de acordo com Jonatas Abbott, diretor executivo da Dinamize.
“Temos conquistado grandes clientes lá fora e vendo que nossas ferramentas são de ponta. É uma grande validação para o produto”, afirma Abbott, que acredita que a companhia está pronta para deslanchar no exterior, chegando a 10% do faturamento vindo de fora já em 2020.
Lisboa é vista como uma boa porta de entrada para o mercado europeu. A filial está localizada no LX Factory, centro de empreendedorismo e inovação que está em alta entre as startups locais.
A operação da Dinamize em Portugal fornece suas ferramentas de automação de marketing para mais de 50 clientes, além de contar com 10 canais autorizados e uma revenda.
Um exemplo da importância da capital portuguesa para o mercado digital é o Web Summit, um evento de tecnologia que está ganhando destaque mundial, com 1,2 mil palestrantes e 80 mil visitantes na última edição.
Alexandre Nunes Correia, que já fazia parte da franquia, vai integrar a equipe da Dinamize como CEO da operação.
Correia é um profissional experiente na área de marketing, com agem por seguradoras como AXA e Sabseg e pela gigante Bayer. Ele também é fundador de uma startup de e-commerce, a TurtleDream.
Abbott coloca a filial em Lisboa como um marco importante da Dinamize, que está prestes a completar duas décadas de mercado “matando as coisas no peito”.
Boa parte dos concorrentes brasileiros da empresa foram adquiridos entre 2006 e 2010, durante uma onda de investimento em agências digitais e outros players do mercado nacional, mas a Dinamize, que também não tem aportes de fundos, optou por seguir independente.
“Com certeza nós cometemos erros nessa trajetória, mas eu acredito que no final das contas a Dinamize é um exemplo de que é possível ir longe no mercado digital brasileiro em precisar vender a empresa”, resume Abbott.