
A Gerdau está em busca de soluções automatizadas de inspeção de sucata. Foto: Pixabay.
A Gerdau está com inscrições abertas para o Desafio Internacional da Classificação Digital, uma competição online que vai distribuir um prêmio total de US$ 45 mil. A empresa está em busca de soluções automatizadas de inspeção de sucata.
Os interessados de todo o mundo têm até o dia 14 de dezembro para se inscrever no site do projeto.
Com um mercado que movimenta mais de US$ 277 bilhões ao ano, segundo dados do IHS Markit's Global Trade Atlas, a compra e venda de sucata metálica ainda depende de um sistema de classificação altamente subjetivo.
A Gerdau, somente no Brasil, é responsável pela compra de cerca de 14 milhões de toneladas ao ano. O valor do material depende do tipo, tamanho e da densidade do metal.
Entre os principais problemas enfrentados pelos compradores no método atual estão a classificação qualitativa da sucata com base nas avaliações visuais dos inspetores; a falta de padronização nos depósitos; a grande variedade de contaminantes; a composição química desconhecida da sucata; a imprevisibilidade do mercado e o acúmulo de elemento residual (cobre, zinco, estanho e terra).
Os projetos apresentados devem inspecionar, no mínimo, um volume de sucata metálica equivalente ao ritmo do processo de descarga atual; serem processados in loco; concluírem a classificação da sucata em 30 minutos ou menos, e, também, devem poder ser conduzidos mesmo em condições ambientais adversas.
As ideias que atenderem a esses pré-requisitos serão julgadas a partir de critérios de automação, precisão, inovação, viabilidade e integração. Além do prêmio, o objetivo da Gerdau é trabalhar com os vencedores no desenvolvimento e na implantação de sua solução em escala industrial.
O processo de compra de sucata para ser um grande alvo da inovação na Gerdau. Recentemente, o Baguete divulgou um projeto interno voltado para o mesmo tema, que utilizou tecnologia de machine learning da SAP e a plataforma de desenvolvimento de aplicações GeneXus.
A unidade da siderúrgica no Uruguai criou um aplicativo que, a partir de uma foto da carga de suprimento feita com um smartphone, calcula a composição dos materiais presentes no caminhão e define o seu valor. Antes, estes critérios eram decididos apenas pelo conhecimento humano.
O aplicativo utiliza o recurso de reconhecimento de imagem da plataforma SAP Leonardo, plataforma de tecnologias emergentes lançada pela multinacional alemã em 2017.