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Maurício Fernandes. Foto: divulgação.
A Dedalus, provedora paulista de cloud computing, estabeleceu uma representação em Florianópolis para expandir sua atuação no Sul com base na oferta de Amazon Web Services e Google Apps e serviços de migração, treinamento e e em português.
A regional é a primeira fora de São Paulo, dentro de um plano de retomada de representações locais da companhia, que na década de 90 trabalhava como parceiro da Sun Microsystems (hoje pertencente à Oracle) e chegou a ter 23 escritórios em todo país, incluindo as três capitais do Sul.
Com o fim da parceria, a Dedalus enxugou a estrutura à sede, onde hoje emprega 90 colaboradores que atendem a 400 clientes, ou mais de 550 mil usuários de suas soluções em nuvem, o que em 2011 rendeu faturamento de R$ 16 milhões, projetado para subir cerca de 56% este ano, somando R$ 25 milhões.
Agora, começa a” re-regionalização” pelo Sul, com planos de abrir no Centro-Oeste em 2013.
O novo foco empolga os projetos da empresa: conforme o presidente da Dedalus, Maurício Fernandes, a empresa é o segundo maior parceiro da AWS no mundo em volume de vendas.
“Com a Amazon, dobramos nosso volume de vendas praticamente a cada trimestre. Hoje, atendemos a cerca de 80 clientes do porte de Pão de Açucar e Anhanguera Educacional nesta linha”, ressalta o executivo.
Ainda assim, a AWS tem fatia de 20% na receita da Dedalus.
Outros 70% vêm da área Google, do qual é parceiro Premier, e 10% de contratos antigos de e.
MUDANÇA NAS NUVENS
Hoje, a companhia usa o datacenter da Amazon. Até 2009, entretanto, possuía o seu próprio, em uma operação chamada Dedalus.com que se tornou DHC e há três anos foi vendida para o UOL.
Com o DHC, mais a Diveo, que adquiriu no final de 2010, o UOL unificou no começo do ano ado suas operações sob a marca UOL Diveo, que foi definida pela Frost & Sullivan como a maior empresa brasileira de serviços de dados e infraestrutura de TI.
FLORIPA
Na nova regional, a Dedalus elegeu um gaúcho radicado há anos em Santa Catarina para tocar os negócios: Antonio Viana, Google Apps Certified Sales Specialist.
O profissional acumula experiência como gerente de projetos Google Apps na Iop Consultoria, empresa dele próprio que já atendia a cerca de 30 clientes, os quais a Dedalus deixará livres para decidir se vêm para sua carteira ou não.
“Oferecemos e gratuito a estes clientes, mas a decisão pelo fornecedor é deles”, comenta Fernandes. “O Antonio já atendeu a dezenas de projetos de migração com sucesso para a nuvem e tem potencial de nos agregar, este ano, de 20 a 30 novos clientes”, completa.
O presidente diz não ter um número estipulado de contratos a fechar na região, onde já atende a clientes como os paranaenses Café Pelé e Airela, mas comenta estar em negociação com “um grande varejista de Santa Catarina”.
Fernandes confia no impulso aos negócios pelo background da companhia, que é Advanced Consulting Partner da AWS, divisão em que a Amazon já atende a nomes da capital catarinense como a Chaordic Systems, fornecedora de ferramentas de recomendação para e-commerce.
SEM SE TRUMBICAR
Para ampliar a presença da companhia paulista no Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, a aposta também vai além da experiência em cloud e da especialização em Google Apps de Viana: com o representante regional, a Dedalus pretende falar bem com o mercado do Sul.
O executivo é formado em Comunicação Social pela Unisul e já atuou como relações públicas em instituições como Federação Catarinense de Municípios (Fecam) e na comunicação social da Infraero.
Comunicação reforçada por foco na área tecnológica que vem de pós graduação em Governança de TI pelo Senac e por um reforço istrativo da formação em Gestão de Competência pelo Nuse-Acif.
AMAZING
A parceria fomenta também os negócios da Amazon no país, onde a multi mantém desde dezembro de 2011 uma regional da divisão Amazon Web Services LLC (AWS) em São Paulo, com datacenters locais para oferta de cloud computing para toda a América do Sul.
A região é o oitavo mercado geograficamente definido pela companhia para implantar sua plataforma global de computação em nuvem.
No Brasil, a AWS já atendia a clientes como Gol, que usa a nuvem para fornecer serviço Wi-Fi a bordo para seus clientes e para comunicação automática entre aeronaves; e Peixe Urbano, um dos 50 maiores sites de compras coletivas do mercado.
Também está hospedado no data center da AWS o R7, portal da Rede Record.
Além disso, a empresa também atua no país com parceiros como WDev, W5, MR2Tech, GlobalCode, Caelum, BRQ, Walar, PuntoX, eStorage Online/COdeo, Logic Style, LabOne e Suse.
A chegada da Amazon Web Services ao Brasil foi um marco para o setor de cloud, chegando a gerar disputas abertas.
A paulista Locaweb, por exemplo, reagiu com uma comparação nada lisonjeira de seus serviços com os da concorrente norte-americana cerca de um mês depois do desembarque deles por aqui.
Nada que abale os resultados da área de hosting da americana: a receita, que não é divulgada mas foi estimada por analistas em US$ 500 milhões em 2010, tem projeção para chegar a US$ 1 bilhão em 2012 e US$ 2,6 bilhões até 2015.