
Prédio da agência no Moinhos já não tem o tradicional letreiro.
A DCS divulgou um comunicado informando que encerra suas atividades na quinta-feira, 28.
O presidente da agência, Antônio D’Alessandro, reuniu os funcionários no final da tarde desta segunda, 25, para dar a notícia e informou que a iniciativa é resultado de uma decisão dos acionistas.
Clientes foram informados nesta terça, 26.
O anúncio sinaliza o fracasso das negociações visando um reposicionamento da agência sob o nome Thompson Sul, uma referência à JWT (J. Walter Thompson), holding internacional que é acionista majoritária da agência de propaganda gaúcha.
Rumores sobre a possível mudança circularam com força nas últimas semanas.
A DCS emprega hoje 50 profissionais e atende a área digital da Vonpar e a Tramontina, abaixo dos mais de 150 colaboradores que a empresa tinha em 2009. Com 30 anos de mercado, a agência de propaganda já foi uma das maiores do mercado gaúcho.
A espiral descente da empresa começou em setembro de 2010, quando uma investigação da Polícia Federal investigando o desvio de R$ 10 milhões da área de marketing do Banrisul aprendeu R$ 2,6 milhões na agência.
Depois da estar nos holofotes pela Operação Mercari, a DCS voltou as notícias um ano depois, quando a Azaléia, um dos seus maiores clientes, ou a ser atendida pela DM9Sul, um braço local da paulista DM9DDB.
De acordo com fontes do mercado publicitário ouvidas pelo Baguete na época, a troca de agência da fabricante gaúcha de calçados aconteceu ao mesmo tempo que Roberto Callage, um dos sócios da DCS, saía do negócio.
O filho de Roberto, Márcio, saiu da posição de gerente de marketing da Olympikus, uma das marcas da Azaléia, para virar sócio da DM9Sul.
Dois meses depois, a nova agência faturou ainda a conta Shopping Iguatemi Porto Alegre, outro ex-cliente da DCS, em uma disputa com a GlobalComm e Paim. No mês seguinte, a DCS perdeu a Lojas Pompéia para a DM9Sul.