Datacom mira Angola, Vietnã e Cuba 6s13

A Datacom, empresa da área de telecomunicações com sede em Porto Alegre, laboratório em Curitiba e escritórios em São Paulo e no Rio de Janeiro, está de olho no mercado externo.

A companhia, que já atende a clientes na América Latina e Europa, acaba de fechar dois contratos bem mais longe - um em Angola, outro no Vietnã, cada um com uma operadora de telecom local – e se prepara para uma visita de prospecção a Cuba.
06 de outubro de 2009 - 17:26
Datacom mira Angola, Vietnã e Cuba
A Datacom, empresa da área de telecomunicações com sede em Porto Alegre, laboratório em Curitiba e escritórios em São Paulo e no Rio de Janeiro, está de olho no mercado externo.

A companhia, que já atende a clientes na América Latina e Europa, acaba de fechar dois contratos bem mais longe - um em Angola, outro no Vietnã, cada um com uma operadora de telecom local – e se prepara para uma visita de prospecção a Cuba.

“Os contratos foram fechados por meio de nosso parceiro comercial Ieru, sediado em Israel”, explica Mário Wickert, gerente de Exportações da Datacom. “Já para Cuba viajaremos em novembro, em uma missão comercial organizada pela Apex”, complementa.

Conforme o executivo, hoje a participação do mercado externo nos negócios da companhia gaúcha fica em torno de 5%, média que não deverá aumentar em 2009, já que os novos contratos ainda não terão gerado impacto nos resultados.

O futuro, porém, é bastante promissor: detentora de tecnologia MPLS - que é voltada a redes metro ethernet de operadoras e permite às mesmas disponibilizar serviços de nova geração, como IPTV -, a empresa gaúcha tem toda a propriedade para fazer qualquer adequação necessária ao protocolo.

“A tecnologia própria nos dá um grande diferencial no mercado externo”, destaca Wickert.

Já o presidente da Datacom, Antonio Porto, explica que o desenvolvimento da tecnologia levou em torno de 1,5 ano, envolvendo uma equipe de 70 engenheiros e investimento de R$ 7 milhões.

“Com este projeto, nos elevamos ao patamar de concorrência de gigantes como Alcatel-Lucent e Huawey”, destaca Porto. “Esperamos obter o ROI desta iniciativa dentro de um ano”, avalia.

Com o MPLS, as operadoras podem oferecer, por exemplo, o simultâneo a um ou a milhões de usuários sem perda na qualidade do serviço. Além disso, há a questão da economia, que fica por conta da substituição de redes legadas por redes IP.

E não foi só em incremento de portfólio que a Datacom investiu em 2009. A companhia também aumentou a equipe, contratando 90 novos engenheiros desde janeiro. Com isso, o time chegou a 280 profissionais em todas as unidades da empresa.

Entretanto, na contramão dos investimentos vai a projeção de crescimento da Datacom para este ano. Focada no mercado de operadoras, a companhia amargou um cenário não muito favorável, retraído especialmente devido à crise econômica mundial e a movimentos como a fusão Oi-Brasil Telecom.

Nada que deva preocupar, no entanto: a empresa projeta para 2009 uma queda em torno de 30% em relação ao faturamento de 2008. Ainda assim, o resultado não deve baixar de R$ 150 milhões.

Já para 2010, a meta é retomar o fôlego e chegar aos R$ 240 milhões ou mais.