
Novo datacenter da CSU. Foto: flickr.com/photos/-genesio.
A CSU CardSystem, operadora nacional de transações com cartões de crédito, está entrando no mercado de serviços via centro de dados. Para isso, a companhia anunciou um investimento de R$ 10 milhões na criação de uma nova unidade.
A nova divisão, chamada CSU.ITS, faz parte do projeto de diversificação das atividades da CSU, que quer deixar de ser dependente das área de cartões e de call center.
No resultado do 3º trimestre, a companhia teve receita líquida de R$ 92,4 milhões, alta de 1,6% na comparação com o mesmo período do ano ado. Desse resultado, 47,4% vieram da área de cartões e o restante de call center.
A abertura da unidade é o primeiro o de um projeto de quatro anos, com um investimento total de R$ 40 milhões em um data center tier 3 em Barueri, na grande São Paulo.
Com uma área de 2 mil m², espaço para 9 mil servidores de diferentes plataformas, o centro de dados conta com avançados sistemas de energia, controle de temperatura e umidade, entre outras contingências.
O ambiente oferece capacidade de armazenamento superior a 2 petabytes e a o processamento de aproximadamente de 180 milhões de cartões, volume que corresponde ao número total de cartões com bandeiras internacionais que circulam no mercado brasileiro.
A essa estrutura faz parte do complexo da CSU que agrega as outras unidades de negócios e que, ao todo, soma 25 mil m² de área construída.
A CSU.TS oferecerá serviços como hospedagem e o gerenciamento dos equipamentos e dos programas usados pelos clientes, mirando clientes de médio e grande porte em áreas como finanças, concessionárias de serviços públicos e do comércio, segmentos que representam 35% do ITO nacional.
"A área de centros de dados pode começar a trazer receita nos próximos 90 dias. Temos participações de mercado importantes em todas os setores em que atuamos. Com centro de dados, não acho que teremos uma operação desprezível", disse o CEO da CSU, Marcos Ribeiro Leite.
Já de olho em uma expansão de seu portfólio desde o início do ano, a empresa lançou produtos como o OPTe+, um sistema de comércio eletrônico que tem características de programa de fidelidade para empresas, e o C360, um sistema de relacionamento com clientes que engloba canais como e-mail, mensagens de texto e redes sociais.
De acordo com o CEO, a empresa está apostando em áreas com perspectivas de crescimento acelerado nos próximos anos. No entanto, ele não abriu números sobre estas expectativas.
Para o futuro, a nova divisão também pretende oferecer serviços como serviço (SaaS), através da nuvem e com cobrança pelo volume de uso. Leite afirma que a estratégia da CSU para conquistar espaço será ter preços que podem ser pelo menos 20% mais baixos que os dos concorrentes.
Para vender seu peixe, Leite adianta que a empresa vai usar como argumento a experiência que tem com o processamento de cartões de crédito, atividade que exige um alto grau de segurança e que precisa funcionar 24 horas.