
Luciano Coutinho. Foto: Agência Brasil
Os desembolsos para investimentos em inovaão do BNDES e da Finep devem crescer pelo menos 50% em 2012, superando os R$ 4,5 bilhões.
A informação é do presidente do banco estatal de fomento, Luciano Coutinho, e foi feita nesta sexta-feira, 22, após participar de reunião com empresários na sede da CNI, em São Paulo, relata o site da Exame.
Coutinho não entrou em detalhes, mas a declaração pode animar os viúvos do Prime, primeiro programa de financiamento a fundo perdido para pequenas empresas inovadoras da Finep.
Operado através de parceiros que incluíam as incubadoras da PUC-RS e da Ufrgs, o programa está atualmente em ponto morto – dado como falecido por muitos, na verdade - sem data definida para uma segunda edição.
Com a segunda edição inicialmente prevista para maio de 2011, o Prime foi uma das vítimas dos contingenciamentos orçamentários do início do governo Dilma Rousseff (PT) que na área de ciência e tecnologia visaram especialmente os financiamentos a fundo perdido.
Se o problema for dinheiro, por tanto, empresas com faturamento de até R$ 10,4 milhões interessadas em financiamentos de até R$ 120 mil podem se animar.
O lado menos brilhante é que pode acontecer do governo não ressuscitar o Prime, mesmo tendo o dinheiro disponível.
As entregas do primeiro Prime ficaram em R$ 165,6 milhões, 27% abaixo da meta estabelecida, o que significa que recursos disponíveis não foram captados.
Das 4581 empresas que se candidataram aos recursos do Prime, das quais só 1380 conseguiram cumprir os requisitos e apresentar uma ideias que pudessem ser consideradas inovadoras pela Finep.
À época do lançamento do programa, ainda em 2009, a Finep divulgou uma estimativa apontando para investimentos de R$ 1,4 bilhão no Prime, valor suficiente para beneficiar 11 mil empresas.