
Rodrigo Della Rocca, CEO do CondoConta. Foto: divulgação
O CondoConta, uma startup de soluções financeiras para condomínios, acaba de receber um aporte de R$ 6 milhões do fundo Redpoint.
A empresa catarinense já tinha recebido um aporte do Redpoint em março, seis meses atrás. No total, o fundo já colocou R$12,6 milhões no negócio.
O CondoConta se define como um banco digital, o “primeiro do mundo” para condomínios, oferecendo serviços como transações e emissão de boletos ilimitados, prestação de contas em tempo real, automação de boletos e balanços, crédito para financiamentos, seguros, antecipação da taxa condominial e uma loja digital de serviços, a CondoShop.
A fintech não chega a abrir quantos clientes tem hoje, apenas que a meta é fechar o ano com mais de 100 mil cotas de condomínios geradas e R$ 150 milhões em movimentações. O time tem atualmente 100 funcionários.
“Temos experimentado um crescimento impressionante em novas contas digitais para condomínios e no número de as parceiras, além de uma demanda crescente de grandes atores no ecossistema condominial, como fornecedores de equipamentos para condomínios e construtoras”, afirma Rodrigo Della Rocca, CEO do CondoConta.
Rocca já havia fundado uma financeira para a área de condomínios, a Flex, e foi chef revenue officer na Embracon Condomínios, uma das grandes empresas do setor.
Pelo lado de tecnologia, a empresa tem no time como fundador e Rafael Costa, ex-diretor na área de tecnologia da Resultados Digitais, a startup catarinense de automação de marketing comprada pela Totvs por R$ 1,8 bilhão em março.
Costa foi também diretor de tecnologia no Dot Digital Group, outra martech catarinense, além de ter fundado uma startup na área de games, a Ignis Games, e ado por IBM e HSBC.
O Brasil tem 500 mil condomínios, que até pouco tempo atrás ficavam em um limbo quando o assunto era soluções financeiras, por serem um ente meio complicado, nem pessoa física, nem pessoa jurídica (quem frequenta reuniões de condomínio sabe).
“As principais dores envolvem o caos financeiro como mola propulsora, e escolhemos começar por elas. Em seguida, temos o relacionamento entre condôminos, pets, carros e manutenção. Nosso roap inclui abraçar os condomínios pela gestão financeira para plugar parceiros especialistas em outras frentes”, explica Rocca.
Quando o assunto é caos financeiro e condomínios, o principal produto do CondoConta é o adiantamento da cota condominial.
A empresa deixa os condôminos parcelarem o valor da mensalidade em até 12 meses, enquanto garante o dinheiro à vista aos es e síndicos. Somente em julho, essa solução, que ajuda condomínios a manterem o fluxo de caixa em dia, teve mais de R$10 milhões em transações antecipadas.
É um mercado promissor e justamente por isso o CondoConta não está tão sozinho nele como dá a entender na nota divulgando o investimento do Redpoint.
A Superlógica, uma das maiores empresas de software para gestão de condomínios do Brasil, montou uma operação financeira focada em oferecer o mesmo serviço neste ano.
Pelas contas da Superlógica, nos últimos 10 anos o percentual de quem não paga em dia a taxa condominial se manteve sempre alto, entre 14% e 18%.
A empresa sabe disso porque já atende 100 mil condomínios, depois de comprar dois dos seus principais concorrentes nos últimos anos.
A Superlógica também está cacifada financeiramente: no ano ado, a empresa captou R$ 300 milhões do fundo norte americano de private equity Warburg Pincus.