
Bruno Lobo, general manager da Commvault na América Latina. Foto: Divulgação.
No Brasil há mais de uma década, a Commvault vem num ritmo de crescimento constante nos últimos anos, mas ainda está distante do primeiro lugar no principal segmento em que atua - o de backup e segurança dos dados.
Entretanto, a empresa está revisando sua estratégia na América Latina e Brasil para mudar esse cenário.
A atual missão da multinacional é a de ocupar o mercado latino-americano para aumentar o market share na região.
Esta expansão envolve a chegada em mercados potenciais, tais como Chile e Colômbia, mas também envolve intensificar esforços comerciais no Brasil, levando novos produtos e reforçando a sua estratégia de canais.
"Há anos nós já somos reconhecidos por especialistas de mercado como líderes em tecnologia para gestão e proteção de dados. Agora, nosso objetivo é fazer que todo mundo tenha pleno conhecimento disso", dispara Bruno Lobo, general manager da Commvault na América Latina, fazendo menção ao fato que o Gartner aponta a empresa como líder no Quadrante Mágico em soluções de backup.
Embora a multinacional não abra números além de seus resultados globais, o GM aponta que o objetivo é manter o ritmo de crescimento registrado na região durante o último ano, em que dobrou o seu volume de negócios, bem acima da média.
No seu balanço global, a companhia registrou em 2018 uma receita total de US$ 699,4 milhões, um aumento de 8% sobre o ano fiscal anterior.
"Vejo que no Brasil e na América Latina como um todo, temos um potencial de crescimento muito elevado em relação a outros mercados mais maduros tecnologicamente", avalia o executivo, sem dar maiores detalhes sobre o qual a dimensão ou como este potencial pode ser explorado.
Entretanto, para dar um exemplo, Lobo apontou uma iniciativa de sucesso na região: um programa de oferta de backup e proteção de dados na nuvem para service providers locais, em que a solução da Commvault é entregue na plataforma dos provedores.
O programa funciona de certa forma como um produto white label, em que o provedor instala o software de backup em sua infraestrutura e a revende como um produto cloud para outras empresas.
"Iniciamos este programa este ano, e atualmente contamos com cerca de 15 provedores participantes. Nosso objetivo é terminar 2019 com 30", dispara Lobo.
Por falar em produto cloud, Lobo acredita que o Mettalic, nova marca e primeira solução cloud da Commvault, deverá chegar no Brasil a partir do início do próximo ano fiscal da empresa, que será em maio do ano que vem.
Entretanto, nenhuma data ou prazo concreto foi dado, nem como a empresa deverá tratar isso com seus canais.
Atualmente a Commvault conta com 270 canais na América Latina, e aproximadamente 100 destes canais atuam no Brasil. Além disso, a companhia trabalha com três distribuidoras no país: Arrow, Westcon e, mais recentemente, a Acorp.
No total da região, a companhia atende aproximadamente 1500 clientes.
De certa forma, parece que a missão da Commvault na América Latina e Brasil tem muito a ver com o discurso adotado globalmente, que é a de transformar a sua presença e percepção junto ao mercado.
A mudança de CEO no início deste ano, quando o ex-CEO da Puppet, Sanjay Mirchandani, substituiu Bob Hammer, que liderava a empresa desde os anos 90, faz parte desse reposicionamento.
O que resta saber é se toda esta movimentação vai cumprir o seu papel, gerando o "buzz" para acompanhar a chancela dada pelo Gartner e reposicionando a marca dentro de um mercado dividido entre "jovens gigantes" como Rubrik e Veeam, e "velhos gigantes" como Dell EMC, HPE, IBM e Veritas.
* Leandro Souza viajou a Denver para o Commvault Go a convite da Commvault.