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Combate à Fraude levanta R$ 80 milhões 57u34

IdTech também tem um novo CEO. Surgiu o competidor para a Unico? 38686x

21 de julho de 2022 - 16:34
Darryl Green, o novo CEO da CAF. Foto: Divulgação

Darryl Green, o novo CEO da CAF. Foto: Divulgação

A Combate à Fraude (CAF), uma startup de biometria facial e identificação sediada na pequena Venâncio Aires, no interior do Rio Grande do Sul, acaba de levantar R$ 80 milhões de fundos de investimento e contratar um CEO de peso para liderar a operação.

As duas movimentações estão conectadas. O novo CEO, o canadense Darryl Green, é também um dos investidores, junto com uma lista de nomes de pedigree, incluindo Kevin Efrusy, James Peck (CEO da NielsenIQ) e Andrew Prozes, ex-presidente da firma de dados jurídicos LexisNexis.

Green foi um dos fundadores da Ethoca, uma startup de combate à fraudes no e-commerce que já atuava em 40 países quando foi comprada pela Mastercard, em 2019.

Segundo revela o Valor Econômico, Green se mudou para São Paulo (provavelmente com o bolso cheio), junto com a esposa, que é brasileira.

Já no Brasil, Green investiu na fintech carioca Mutual, que estava desenvolvendo na época sua própria solução para controlar o processo de cadastro de novos clientes, conhecido como onboarding digital.

A Combate à Fraude se tornou uma spin off da Mutual, e, apesar do nome burocrático e da atuação muito discreta em termos de divulgação até agora, é um sucesso. 

A empresa tem clientes como Magazine Luiza, Nomad, Cora, iFood, Linker (banco digital vendido à Omie), e afirma já ter evitado R$ 2 bilhões em fraudes.

Os planos são ousados, e Green falou ao Valor em “escalar globalmente”. A empresa deve contratar mais 100 funcionários, chegando a 350.

Rebitte argumenta que a solução de sua startup é “muito mais flexível que as concorrentes”, oferecendo “um nível de customização sem paralelo”. 

Existem pelo menos meia dúzia de startups atuando no campo de identificação com biometria facial, chamadas pela expressão da moda “IdTechs”.

Mas o adversário a ser batido é sem dúvida a Unico, uma das pioneiras no campo e de longe a mais capitalizada. 

Recentemente, a Unico levantou  US$ 100 milhões em uma rodada que avaliou o unicórnio em US$ 2,6 bilhões. 

Outra concorrente é a Idwall, que é investida por fundos como Monashees, GGV, Qualcomm e ONEVC.

VENANCIO AIRES

Um aspecto interessante da CAF que o Valor não chega a explicar é a sua sede, no município de Venâncio Aires, uma cidade de 70 mil habitantes distante 130 quilômetros de Porto Alegre que não chega a ser exatamente um pólo de tecnologia.

De fato, Venâncio é conhecida pela produção de erva mate, o ingrediente principal do chimarrão, a bebida favorita dos gaúchos. A cidade inclusive ostenta o título de Capital Nacional do Chimarrão e promove todos os anos a Festa Nacional do Chimarrão.

Além do mate, a cidade também é uma grande produtora de fumo, e sede de um importante polo mecânico do Rio Grande do Sul. Não parece haver muita demanda por soluções de identificação na economia local.

Assim, o mais provável é que a empresa tenha a sede e parte da área de desenvolvimento na cidade, enquanto fecha os negócios em São Paulo.

A Unisc, universidade sediada na vizinha Santa Cruz do Sul, tem um campus na cidade, que tem na sua oferta um curso de Sistemas da Informação, que pode prover funcionários, com salários mais em conta e uma rotatividade muito menor do que em grandes centros do país. 

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