Tamanho da fonte: -A+A f3m3k

Todo mundo quer uma nuvem para chamar de sua. Foto: flickr.com/photos/blondinrikard/
A Claranet, multinacional inglesa de serviços gerenciados com forte presença na Europa, entrou no mercado brasileiro com a compra da paulista CredibiliT, especializada em tecnologia de nuvem.
Essa é a primeira compra da empresa fora da Europa.
Fundada em 2009, a CredibiliT é uma das duas empresas no Brasil a ter status de premier consulting partner da Amazon Web Services (a outra é a Dedalus) e também trabalha com Azure.
A empresa atende 100 clientes, incluindo nomes como Pepsico, Webmotors, Smiles, Editora Abril e TV Globo e fatura na faixa dos R$ 30 milhões.
Já a Clarent é uma empresa bem maior, com faturamento de € 250 milhões, 1.250 colaboradores e 5,8 mil clientes atendidos por 18 escritórios espalhados no Reino Unido, França, Alemanha, Espanha, Portugal e Holanda.
A empresa tem 35 data centers na Europa e está listada como um dos líderes no continente do Quadrante Mágico do Gartner para gerenciamento de hosting de nuvem híbridas, um pouco atrás da British Telecom, Interoute e Rackspace.
(Players mais conhecidos no Brasil, como IBM e Verizon ficam no quadrante dos desafiadores).
“Esta aquisição oferece-nos a oportunidade de ser o líder no fornecimento de serviços na nuvem no Brasil. Vamos criar um concorrente mais forte no mercado brasileiro e estabelecer novas possibilidades de crescimento”, afirma Charles Nasser, fundador e CEO da Claranet.
Daniel Galante (CEO) e André Guerra (CFO), ambos fundadores da CredibiliT, vão se manter na empresa como executivos sênior da Claranet no Brasil. Galante foi consultor da NT-UX por 10 anos antes de abrir a CredibiliT.
“Fazer parte de um grande grupo com foco similar nos permite ser mais fortes, ter escala, visibilidade, o a mais clientes e oportunidades, além de alta capacidade de investimento”, afirma Galante.
Outro fator é que a CredibiliT se protege em meio a um mercado cada vez mais competitivo, no qual existe uma verdadeira corrida dos players mais tradicionais de hospedagem por companhias novas que atuem no modelo “cloud broker”.
Este é o quarto negócio nesse sentido que o Baguete divulga no que vai de ano. Ainda em novembro, a Algar Tech, empresa de de TI e BPO do grupo brasileiro Algar, fechou um acordo com a startup pernambucana Ustore para a criação de um portal multi-nuvem e uma “solução disruptiva” de cloud computing.
Em abril, a UOLDiveo adquiriu a Dualtec foi uma das primeiras empresas no Brasil a se posicionar como uma “cloud broker” e uma referência em OpenStack. Dias depois, a Tivit fez um movimento igual, comprando a startup mineira One Cloud.