EQUIPE

Cifra representa um incremento de 20% na equipe da empresa de desenvolvimento. 586l6a

23 de julho de 2024 - 10:44
Cesar Gon, CEO da CI&T. Foto: Divulgação/CI&T.

Cesar Gon, CEO da CI&T. Foto: Divulgação/CI&T.

A CI&T, uma das maiores empresas de desenvolvimento de software do Brasil, espera contratar 1,2 mil profissionais até o final do ano, cifra que representa um aumento de 20% na equipe total, hoje na casa de 6 mil funcionários.

Devem ser contratados desenvolvedores de software, especialistas em dados, arquitetos de soluções e analistas de testes.

A meta foi divulgada em uma nota no site da empresa, segundo a qual as contratações são uma resposta ao aumento da “procura pelos serviços digitais”, e “novas possibilidades tecnológicas geradas pela inteligência artificial”.

"Começamos a colher os frutos da nossa estratégia de diferenciação baseada em inteligência artificial. A IA inaugura um novo capítulo da revolução digital e os nossos clientes confiam na CI&T para trilhar essa nova jornada de ganho radical de eficiência e revolução na experiência dos consumidores”, afirma Cesar Gon, CEO da CI&T.

Como o leitor do Baguete sabe, IA é a bola da vez e todo tipo de grande player de tecnologia vem tentando com mais ou menos sucesso se posicionar como um concorrente nesse mercado.

O que é um pouco menos comum no momento atual são aumentos de 20% na equipe como a CI&T está anunciando. No caso da empresa fundada em Campinas, a notícia é ainda mais chamativa, tendo em conta que os últimos meses tiveram lá sua dose de turbulência.

Os problemas começaram em 2023, quando a  gigante Anhe-Busch InBev, que respondeu sozinha por 15% da receita da CI&T em 2022, começou a cortar custos junto a fornecedores.

A CI&T reagiu à queda nas receitas da Anhe-Busch InBev com um forte corte no programa de participação de resultados da empresa no primeiro trimestre de 2024.

Essa decisão, por sua vez, gerou uma reação do sindicato paulista Sindpd, com direito a ameaça de greve e o vazamento de um polêmico vídeo com uma conversa interna com funcionários de César Gon.

Foi um tipo de crise rara em grandes empresas de tecnologia do Brasil e ainda mais rara para a CI&T, cuja trajetória havia sido de crescimento acelerado até então. Ainda em 2021, a empresa fechou o ano com uma receita de R$ 1,44 bilhão, uma alta de 51% na comparação com 2020.

A CI&T vem se esforçando desde então em criar uma agenda positiva, sendo mais aberta em relação ao seu desempenho.

Ainda em maio, a CI&T divulgou ter fechado o primeiro trimestre com uma receita líquida de R$ 523,5 milhões, uma alta de 0,2% frente ao mesmo período do ano anterior.

O lucro líquido caiu quase pela metade, indo de R$ 22,4 milhões, comparado a R$43,6 milhões no primeiro trimestre de 2023.

A perspectiva para o segundo trimestre é de resultados um pouco melhores, com um faturamento estimado de  R$ 542 milhões, equivalente a uma expansão de 3,5% frente ao primeiro trimestre (a CI&T não chega a fazer uma comparação com o trimestre do ano ado).

Para o ano fiscal de 2024, a expectativa é de que a receita líquida em câmbio neutro esteja na faixa de -2.5% a +2,5%.

Câmbio neutro significa recalcular as receitas e lucros do ano anterior usando a taxa de câmbio do ano atual, o que serve para reduzir a influência do câmbio nos resultados da empresa.

Isso é importante para a CI&T porque a empresa tem uma forte presença internacional, com 41,6% da receita vinda na América do Norte, 11,7% na Europa e 4,2% na Ásia-Pacífico.

Leia mais 59b1u

NÚMEROS

Há 376 dias
LINHAS

Há 381 dias
PLR

Há 451 dias
CIFRAS

ENSINO

CANGURUS