
César Gon, fundador da CI&T.
A CI&T, uma das maiores empresas brasileiras de desenvolvimento de software, vai comprar a Dextra, operação na mesma área da Mutant, focada em soluções de atendimento ao cliente.
O negócio foi comunicado aos funcionários da CI&T pelo fundador da empresa, César Gon, em um post na rede interna da companhia ao qual a reportagem do Baguete teve o. Procurada, a CI&T confirmou a aquisição.
Em abril do ano ado, a Mutant havia unido em uma empresa só a CINQ e a Dextra, suas duas aquisições na área de desenvolvimento de software.
A CINQ tinha sede em Curitiba e um centro de desenvolvimento em Ponta Grossa, no interior do Paraná, enquanto a Dextra tem sede em Campinas. A empresa tem hoje 1,2 mil funcionários e atende clientes como Alelo, Solvay, Serasa Experian, McDonald's, entre outros.
A CI&T também é sediada em Campinas, tendo sido fundada em 1995 por três profissionais recém formados da Unicamp.
A empresa é maior, com 4 mil funcionários em junho de 2020 e uma previsão de faturamento de R$ 1 bilhão para o ano ado.
Pelo que é possível reparar na nota da CI&T, as empresas são velhas conhecidas, e o plano de aquisição é antigo.
“Estou emocionado com a oportunidade de crescer e expandir nossas operações junto com a Dextra, uma empresa que sempre iramos e respeitamos. A demanda do mercado é muito alta e juntos nossa oferta é ainda mais forte”, afirma Cesar Gon, fundador e CEO da CI&T.
Em julho de 2019, o fundo Advent adquiriu os 30% que o BNDESPar tinha na CI&T, além de um pedaço não revelado dos sócios fundadores.
Na época, a avaliação de analistas era que a entrada do Advent sinalizava uma abertura de capital na Bolsa de Valores de Nova Iorque, seguindo os os da Globant, nascida na Argentina e com atuação forte nos Estados Unidos, e da inglesa Endava.
Pelo visto, o fundo decidiu ganhar massa por meio de aquisições antes da abertura.
Para a Mutant, a venda do negócio de desenvolvimento de software sinaliza uma concentração no seu mercado original de atendimento ao cliente.
A Mutant atende mais de 400 clientes, entre eles Itaú, Claro, Telefônica, Serasa, Smiles e Raízen, atendidos por 3,2 mil funcionários.
E também está capitalizada, tendo recebido um aporte financeiro de US$ 85 milhões do fundo de pensão Canada Pension Plan Investiment Board (PIB) e do Adams Street Partners, em outubro de 2018.
A Mutant tem experiência com compra e venda de empresas, tendo feito ela mesma 10 aquisições, no Brasil e no exterior.
“Comprar, acelerar e vender empresas fazem parte do nosso DNA, há muito tempo. Atualmente, temos mais de 30 empresas dentro nosso pipe de M&A. Vem mais coisa por aí", afirma Alexandre Bichir, CEO do Grupo Mutant.