
Cisco quer crescer na China. Foto: divulgação.
A Cisco divulgou nesta quinta-feira, 18, um investimento de US$ 10 bilhões na China para os próximos, anos em um esforço de ganhar presença no mercado asiático.
O plano foi revelado em uma reunião entre o CEO John Chambers, o futuro CEO Chuck Robbins, que deve ocupar a cadeira de Chambers nos próximos meses, e o vice-premiê chinês Wang Yang.
Apesar do compromisso assumido e do investimento divulgado, a Cisco não deu maiores detalhes sobre como ou quando fará sua movimentação no país asiático.
Além disso, a fabricante norte-americana também chegou a um acordo com o National Development and Reform Commission, entidade econômica chinesa dedicada ao desenvolvimento de atividades de inovação no país.
"A Cisco está profundamente comprometida com seus parceiros chineses", afirmou Robbins em declaração na ocasião.
Com a investida, a Cisco está disposta a entrar em um mercado emergente, porém desafiador devido aos casos de espionagem em que a NSA usou tecnologias norte-americanas para captar informações internacionais.
No mercado chinês, o escândalo fez o país restringir sua política para a adoção de tecnologias estrangeiras. Do outro lado, empresas locais como a Huawei mostraram crescimento em seus negócios, inclusive no ocidente.
No primeiro trimestre de 2015, a Cisco teve uma queda de 20% em suas vendas em relação ao mesmo período no ano anterior.
Além da Cisco, outras companhias americanas também enxergaram oportunidades na China. A Qualcomm anunciou no ano ado um investimento de US$ 150 milhões em startups do país.
A Intel também se mexeu, comprando no final de 2014 20% da Tsinghua Unigroup, controladora das duas maiores fabricantes de chips no país, por um total de US$ 1,5 bilhão.