Ricardo May. Foto: divulgação.
A Cianet, empresa catarinense especializada no fornecimento de equipamentos para estrutura de telecomunicações, aposta na retomada de crescimento dos provedores locais de internet (ISPs, na sigla em inglês), para puxar o crescimento da empresa.
A empresa, que atende cerca de 2 mil clientes em diversos estados do país, mira um crescimento de 25% em 2014, subindo dos R$ 26,5 milhões de 2013 para um faturamento de R$ 33 milhões.
Segundo Ricardo May, presidente da Cianet, que assumiu o cargo em março ado, o foco é levar tecnologias de ponta para agregar maior competitividade aos players pequenos.
Segundo ele, operações menores estão investindo em estruturas de fibra, possibilitando o fornecimento de serviços com maior qualidade.
"Antes eles apenas tinham serviços simples de conectividade, o que fez eles perderem a competição para grandes operadoras. Com a queda nos preços de materiais como a fibra, essa maré está virando", afirma o executivo, apontando que diversas ISPs já estão oferecendo ofertas de telefonia, conexão e TV por .
De acordo com May, atualmente cerca de 50% dos clientes menores já estão investindo em estruturas toda em fibra, com algumas delas oferecendo conexão direta de fibra para dentro da casa dos s (FTTH).
No caso da maioria das grandes operadoras, embora suas redes já sejam em fibra óptica, a chamada "última milha" ainda é feita por fio de cobre (Oi, GVT) ou cabo coaxial (NET), deixando os custos (e qualidade) menores.
"Por conta disso, algumas operadoras menores estão entrando em alguns bairros de capitais oferecendo pacotes 100% em fibra, batendo de frente até com grandes operadoras", observa May.
Sediada em Florianópolis, a empresa tem clientes em estados como Paraná, São Paulo, Minas Gerais, entre outros. Embora a empresa mire o crescimento de sua atuação, por enquanto não possui filiais. Os projetos são feitos com equipes externas e coordenadas por engenheiros da Cianet, que se deslocam até as cidades.
Em cidades menores, outro padrão ainda usado pelos provedores menores é o HPNA, um padrão turbinado que roda em redes telefônicas convencionais. Segundo o presidente da Cianet, cerca de 15% da base de clientes usa o padrão.
"Vários clientes ainda tem estruturas grandes em HPNA, então é complicado para fazer uma transição completa para fibra. Mas a demanda está aumentando, e muitas estão dispostas a trocar sua rede para 100% fibra óptica", avalia o executivo.
O investimento da Cianet no segmento foi acentuado nos últimos anos. Em junho do ano ado, o BNDES aprovou financiamento de R$ 1,4 milhão para empresa desenvolver uma solução de IPTV de baixo custo.
O aporte do banco de fomento representa 90% do valor total do projeto, que possibilitará a oferta, por pequenos e médios provedores de o, do serviço de TV por pela mesma rede em que oferecem o serviço de internet.
Além disso, no final do ano, a companhia firmou acordo com a Intelbras para ofertar soluções em redes wireless outdoor com foco nos pequenos provedores.