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CEO da IBM fala sobre drama dos e-mails 5t1lb

Ficar sem e-mail não é tão ruim assim: IBM só perdeu um negócio de US$ 10 mil. 3v4y42

08 de julho de 2021 - 06:00
Migração dos emails está gerando constrangimento.

Migração dos emails está gerando constrangimento.

Uma organização com 400 mil funcionários ficar sem e-mail ter problemas nos seus emails não é tão dramático quando poderia parecer em um primeiro momento.

Pelo menos, é o recado que fica de uma mensagem enviada pelo CEO da IBM, Arvind Krishna, aos funcionários da gigante de tecnologia.

No seu vídeo mensal, comentado em detalhes pelo site britânico The , Krishna disse que a gigante só perdeu um negócio de US$ 10 mil em função dos problemas.

O CEO prometeu ainda que a situação seria totalmente corrigida em uma semana.

E qual é a situação? Bom, isso não é tão fácil de dizer. Os problemas de e-mail da IBM começaram a pipocar na mídia na quarta-feira, 30 de junho, uma semana atrás. 

Na ocasião, funcionários já tinham ficado entre quatro a cinco dias sem o a e-mail, agenda ou reuniões. A IBM confirmou os problemas, mas não falou nada sobre a extensão ou origem dos mesmos.

Fontes internas ouvidas pelo The indicaram que a origem era uma migração dos servidores de e-mail da TCS, onde eles estão depois que a gigante indiana comprou uma série de produtos da IBM, incluindo o bom e velho Notes.

A IBM queria trazer os seus emails para dentro de casa, um projeto planejado por 18 meses que aparentemente deu errado. As fontes do The estimam entre 150 mil e 200 mil dos 400 mil funcionários da IBM no mundo foram afetados.

Para fechar o quadro da dor, tudo isso aconteceu durante o fechamento do trimestre fiscal. 

A IBM deu orientações para os times de venda sobre como contornar o problema, inclusive com uso do Slack, uma solução de comunicação que é uma criança comparada com o Notes. 

Krishna disse ainda que a IBM manda 4,2 bilhões de e-mails por semana (isso é um e-mail para cada pessoa no mundo todo a cada duas semanas) e que os funcionários só estão tendo problemas 30 minutos por dia.

Dos problemas causados pela migração dos e-mails da IBM, talvez os de comunicação interna sejam os menores, no final das contas. Muito mais grave é a mensagem que a crise manda para o mercado em geral.

A IBM está há uma década na luta por se reposicionar como um player relevante no novo contexto da TI, o que inclui jogadas realmente ousadas como comprar a Red Hat por US$ 34 bilhões em 2018.

Mas a mudança não está sendo fácil. A IBM fechou o ano ado com faturamento de US$ 73,6 bilhões, uma queda de 5%, e lucro de US$ 5,5 bilhão, uma queda de 42%, no mesmo ano em que outras empresas de tecnologia surfaram a onda do coronavírus e bombaram.

A diminuição de tamanho (a IBM fatura hoje mais ou menos a mesma coisa que em 1997, sem correção monetária) é o preço a pagar para deixar tecnologias antigas e com baixo crescimento e colocar no lugar chamados “imperativos estratégicos”: tecnologias quentes com margens altas como serviços cloud, inteligência artificial, segurança, blockchain e computação quântica.

Enquanto isso acontece, um ponto forte da IBM é a reputação de ser um provedor seguro para grandes projetos corporativos, como migrar milhares de contas de e-mail, um artigo básico para qualquer empresa. Essa imagem sofreu um arranhão.

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