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Celular corporativo está de volta 155f56

Em busca de mais controle sobre funcionários, empresas enterram o BYOD. 3a4i6g

06 de março de 2023 - 06:24
Uma pessoa, dois celulares. Foto: Depositphotos.

Uma pessoa, dois celulares. Foto: Depositphotos.

As vendas de celulares corporativos estão aumentando nos Estados Unidos, na medida em que grandes empresas buscam aumentar o controle sobre os funcionários.

Segundo dados levantados pela Bloomberg, a Verizon, uma das maiores operadoras dos Estados Unidos, vendeu 856 mil planos corporativos em 2022, um aumento de 68% frente ao ano anterior.

Durante apresentações no MWC, mega congresso de telecomunicações em Barcelona, representantes da AT&T e T-Mobile apontaram para a mesma tendência (as operadoras não abrem os números específicos deste nicho). 

Até 10 anos atrás, era relativamente comum as empresas darem um segundo celular para os funcionários, sendo um exemplo clássico o Blackberry da empresa.

Na medida em que todos os aparelhos foram tomando um lugar mais central na vida e marcas como Apple e Samsung foram dominando o espaço dos aparelhos high-end, começou a ganhar força a ideia de unir trabalho e vida pessoal no mesmo celular.

Como não poderia deixar de ser, foi criada inclusive uma expressão para vender o conceito de que é melhor usar o próprio celular ou notebook para trabalhar do que ganhar ele: Bring your own device, ou BYOD.

De acordo com a Bloomberg, as coisas começaram a mudar durante a pandemia, quando muitas empresas tiveram que fechar grandes aquisições de equipamentos para possibilitar a adoção de home office em massa de uma hora para outra.

No caso específico dos celulares, o impulso veio de novas políticas de conformidade em torno do uso do WhatsApp e Tik Tok.

A Comissão de Valores Mobiliários americana, a SEC, e a Comissão de Comércio de Futuros de Commodities intensificaram seu escrutínio sobre comunicação privada não autorizada em aplicativos como o WhatsApp e por e-mail pessoal.

No final do ano ado, o Congresso estadunidense proibiu o Tik Tok em dispositivos dos funcionários do governo diante de preocupações com a segurança nacional pelo fato da rede social ser sediada na China.

Em tese (pelo menos essa era a promessa dos fornecedores de soluções para viabilizar o BYOD) seria possível bloquear os aplicativos nos celulares pessoais dos funcionários.

Na prática, porém, isso envolve um certo grau de intromissão na vida dos funcionários (não é bem assim fazer alguém desistir do Tik Tok) e muitas empresas estão optando por simplesmente dar um aparelho no qual elas mandam.

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