
Estatais investem forte em Telecom. Foto: Flickr.com/rivo
Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Petrobrás vão investir cerca de R$ 2,8 bilhões em telecomunicações este ano.
O valor, que será destinado à ampliação e manutenção de redes de voz e dados, equivale a 33% de todo o investimento feito no primeiro semestre do ano pelas operadoras de Telecom do país, informa a Folha Online.
A Vivo, que segundo dados da Anatel lidera em número de clientes, investiu R$ 2,3 bilhões no primeiro semestre, enquanto a TIM gastou R$ 1,6 bilhão e a Oi anunciou um plano de R$ 6 bilhões até o final do ano.
Tudo considerando somente recursos para redes, nada de compra de licenças para operação.
Os investimentos da Petrobrás, BB e CEF vêm na esteira das exigências da presidente Dilma Rousseff ao ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, pela criação de mecanismos que garantam o aumento dos aportes no setor.
As exigências de Dilma se referem tanto à ampliação das estruturas para fornecimento das teles, quanto da qualidade dos serviços entregues.
A presidente considera que “não dá mais para ter serviços pela metade” e que os níveis de qualidade não podem ser “garantidos somente aos clientes que aceitam pagar a mais”.
Entre as estatais que já estão se mexendo no atendimento aos clamores da presidência, a Petrobras já é dona de uma rede de quase 7 mil quilômetros de fibra óptica na costa brasileira.
Os cabos da petrolífera interligam Canoas, na Grande Porto Alegre, a Ipojuca, em Pernambuco, além de ar por São Paulo, Rio de Janeiro e ter ramificações em Brasília e Belo Horizonte, com mais um trecho de integração entre Manaus e Urucu, no Amazonas.
A estatal também usa estações de rádio e satélites para ar suas operações e faz internamente a manunteção da rede de Telecom, embora use serviços das operadoras fixas e móveis.
Muitas vezes, as teles alugma a rede da companhia.
No caso da CEF, os novos investimentos são, em grande parte, destinados à ampliação da rede para dar e a novos negócios previstos para os próximos anos, além de ações de aumento da bancarização em cidades pequenas.
Até o fim de 2012, o banco prevê destinar R$ 608 milhões para o custeio da rede e R$ 1,4 bilhão em expansão, com foco no internet banking.
No Banco do Brasil, a estratégia também foca a bancarização e as transações online, segundo a Folha.