Campus Party: EUA e Alemanha este ano 1egi

Com 7,5 mil campuseiros em 2012, a Campus Party, que tem no Brasil a maior edição do evento realizado também na Espanha e Colômbia, desembarca ainda esse ano nos EUA e Alemanha. A ideia é da Futura Networks – multinacional com escritório em Porto Alegre responsável pelo evento –, que projeta atrair 10 mil pessoas em cada uma das novas edições. Em todos os países, o evento seguirá o padrão brasileiro, segundo a empresa. kif

13 de fevereiro de 2012 - 10:20
Campus Party - Brasil 2012 Foto: Cristiano Sant'Anna / indicefoto.com

Campus Party - Brasil 2012 Foto: Cristiano Sant'Anna / indicefoto.com

Com 7,5 mil campuseiros em 2012, a Campus Party, que tem no Brasil a maior edição do evento realizado também na Espanha e Colômbia, desembarca ainda esse ano nos EUA e Alemanha.

A ideia é da Futura Networks – multinacional com escritório em Porto Alegre responsável pelo evento –, que projeta atrair 10 mil pessoas em cada uma das novas edições.

Em todos os países, o evento seguirá o padrão brasileiro, segundo a empresa.

Diferenças de lá e de cá
Certos aspectos, porém, não devem ser bem-vindos na Campus Party “gringa”.

Fatores locais como sistemas de transporte e cultura podem ser um problema para os campuseiros europeus e norte-americanos.

“Já posso imaginar o pessoal nos EUA reclamando das filas para entrar e sair do evento”, prevê John Maddog Hall, frequentador assíduo de eventos de tecnologia e um dos evangelistas do software livre mais conhecidos mundialmente.

A reclamação se justifica em exemplos como o da edição deste ano no Campus do Anhembi, onde a fila para deixar a arena às vezes chegava a 15 minutos de espera, tudo para alguém checar laptop, crachá e número de um documento. 

Conforme a organizaçao do evento, a conferência é em função da segurança de pessoas e equipamentos.

Menos modding e barracas?
Além disso, a cultura de trazer seu próprio PC – muitas vezes o xodó do campuseiro com cases modificados de grande sofisticação – pode não ser facilmente adaptada aos Estados Unidos.

“Lá o sistema de transporte por ônibus não é igual ao brasileiro. Estamos muito acostumados a viajar de avião, e dificilmente alguém arriscaria colocar seu desktop tunado nas mãos do serviço de bagagens de uma companhia aérea”, completa Hall.

“Meu conselho tem sido atrair pessoas de Seatle, Nova York e outras cidades assim. Gente que vai viajar de avião, com um laptop”, recomenda.

E o acampamento? “Alguém vai acampar, mas não sei se será tão grande quanto o daqui... se bem que achar 10 mil leitos de hotel disponíveis no Vale do Silício não é fácil. Acampar será uma boa alternativa”, avalia Maddog.

Trunfo da Nasa
Apesar dos “contras”, a Campus norte-americana tem um grande trunfo: Nasa.

Segundo Hall, o super processamento das máquinas da agência espacial devem ser um dos grandes atrativos do evento, além das áreas de pesquisa avançada feitas por lá.

“Tudo isso com software livre. Eu já tenho grandes planos para essa parte”, finaliza.

Escola brasileira
Na Alemanha, a ideia também é repetir o formato.

Jürgen Kopelke, diretor comercial da Futura Networks germânica esteve no Brasil este ano especialmente para “estudar” o mair case da Campus Party.

“Pode colocar aí que eu vim só pra isso”, brinca Kopelke, ao conceder a entrevista.

Na opinião do executivo, leis mais rígidas na Alemanha e também os tipos de patrocinadores deverão influenciar na programação oferecida. No entanto, a diversidade por lá deve ser maior que a por aqui.

“Esperamos que seja um evento mais europeu do que alemão, devendo atrair pessoas de todo o continente”, disse Kopelke.

Segundo Julien Fourgeaud, da Rovio, responsável pelo hit mobile Angry Birds, Berlim, local da Campus alemã, já é uma cidade para a qual “as pessoas costumam ir mesmo”, o que deve facilitar o cumprimento da meta de público.

“Além disso, o pessoal já está acostumado a viajar e acampar para outros festivais, como de música. E o sistema de transporte ferroviário ajuda”, diz Fourgeaud, que é finlandês.

Garagem do Vale do Silício
Criada em Valência, na Espanha, a Campus Party tem sua maior edição realizada no Brasil, o que faz do país uma referência para levar o evento a outros países.

No encerramento da edição 2012, Mario Teza, diretor-geral da Capus, focou no legado do maior evento geek do planeta. “Nós somos a garagem do Vale do Silício”, disse Teza.

Essa é justamente a intenção de exportar a Campus Party para a América do Norte: aproximar empreendedores de investidores, em maior número do que no Brasil.

Com as novas edições da feira – também está prevista uma Capus Party na Ásia, em 2013 – o faturamento de todas as unidades regionais do evento vai para € 20 milhões.

* Guilherme Neves cobre a Campus Party a convite da organização do evento

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