Mainframes marcaram uma época na TI. Foto: Depositphotos.
A British Telecom, uma das maiores operadoras de telecomunicações do mundo, fechou um contrato com a Kyndryl para migrar algumas das suas aplicações legadas rodando em mainframes para a nuvem.
As empresas não chegaram a revelar em que nuvem as aplicações vão rodar no final.
A Kyndryl, que é uma spin off da IBM, hoje líder quando o assunto é mainframes, tem acordos para fazer esse tipo de coisa com o Google Cloud e a Microsoft.
Independentemente do destino final, esse projeto certamente será observado de perto pelo mercado de telecom.
A BT quer colocar na nuvem algumas aplicações legadas que “não podem ser desligadas no curto prazo”.
Como acontece na maioria das operadoras, essas aplicações são responsáveis por gerir serviços sem grande futuro no longo prazo como comunicações baseadas em fio de cobre, ou já com algum tempo de estrada, como os produtos de banda larga para o consumidor final.
De acordo com a BT, as economias em manutenção, custos de hospedagem e energia devem ficar na casa dos £ 17 milhões por ano até 2026 (algo na casa dos R$ 100 milhões, pelo câmbio de hoje).
Não é tanta coisa assim: a BT quer reduzir custos na casa £ 3 bilhões até o final de 2025.
De todas formas, a operadora coloca a decisão em termos de evitar “incrementos proibitivos no custo de infraestrutura legada”, ao mesmo tempo em que se evita o custo de reescrever aplicações com décadas de uso, o que seria necessário para tirar as aplicações dos mainframes.
A promessa da Kyndryl é converter o código escrito para rodar em mainframe em “aplicativos digitais modernos”, com uso de APIs e microserviços para aumentar a integração com outros sistemas, além de usar mais automação, tudo isso pela fração do custo de manter tudo como estava no mainframe.
Maurício Renner 1r206e
Editor at Baguete Diário