
Tudo segue igual em Brasília. Foto: Depositphotos.
O Ministério da Gestão está preparando uma grande licitação para compra de nuvem pública para o segundo semestre, mantendo a política de tecnologia petista de Brasília no rumo iniciado no governo Michel Temer, e continuado durante a istração de Jair Bolsonaro.
A revelação foi feita pela diretora da Central de Compras do Ministério da Gestão, Lara Brainer, durante a participação em um evento na capital federal, relata o site brasiliense Convergência Digital.
O modelo deve ser o mesmo da segunda grande licitação de compra de nuvem, com um modelo de multi-cloud intermediado por um revendedor, conhecido como “broker”, ou “orquestrador”.
O edital parte de um grupo de compradores, mas pode receber adesões posteriores por meio das chamadas atas de preço.
Segundo disse Brainer, o modelo garante preços dois terços abaixo dos da concorrência.
O principal concorrente no caso é o Serpro, estatal de TI do governo federal que vem tentando emplacar como um broker de nuvem na istração pública.
Com a revelação que vem aí outro grande edital de compra de nuvem pública em Brasília, fica enterrada a possibilidade de uma reversão de rumos na política de tecnologia do novo governo petista.
No final de 2022, ainda durante a transição de governo, chegou a surgir uma expectativa no sentido contrário.
César Alvarez, um nome de peso na área de TI do PT e dos integrantes da transição do governo Lula, disse durante uma entrevista que a política de adoção de nuvem pública era uma "irresponsabilidade" e que era hora de "voltar a ter uma política de data centers”.
As afirmações foram feitas de agem, no meio de uma conversa com jornalistas que abordou projetos de inclusão digital, regulamentação de grandes redes sociais e outros temas.
Desde então, não se voltou a falar no tema, e Alvarez também não foi nomeado para nenhum cargo no novo governo. Pelo que parece, o assunto está enterrado.