
Hora de pegar o bonde de volta para casa? Foto: Pixabay.
Entre janeiro e junho deste ano, 222 brasileiros desistiram de morar em Portugal e voltaram ao Brasil com as agens pagas pelo governo português, por meio do programa de Apoio ao Retorno Voluntário e à Reintegração (Árvore).
É quase o mesmo número que em todo o ano ado, quando 232 pessoas fizeram uso da possibilidade, segundo relata uma matéria do UOL.
Nos últimos anos, com a crise econômica no país, Portugal voltou a figurar nos sonhos de brasileiros em busca de perspectivas fora, muitos deles de classe média e alta.
O sonho não está dando certo, pelo menos para alguns. Apesar de corresponderem a 20% dos estrangeiros morando em Portugal, os brasileiros respondem por 86% dos pedidos de auxílio para voltar para casa.
Um caso típico relatado na matéria é o de Daniel, um engenheiro que ou um ano no país trabalhando ilegalmente como entregador de pizza, sem salário fixo, ou o de Odirlei, um analista financeiro que trabalhava limpando uma academia.
Após ter o benefício concedido, o imigrante fica impedido de entrar em Portugal por três anos
Em 2013, no auge da crise econômica portuguesa, registrou-se pico de concessão desse tipo de ajuda para brasileiros: 593 viagens pagas.
De 2016 para 2017, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras de Portugal concedeu mais de 4 mil novas autorizações de residência para brasileiros, que já somam mais de 85.426 no país, de longe a maior comunidade estrangeira.
O número não conta os pelo menos 2 mil brasileiros no país com aporte italiano, além dos imigrantes ilegais, que permanecem além do prazo do visto de turista concedido na chegada.