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A importância do mercado latino americano, onde estão 7,9 mil dos 85 mil clientes da SAP no mundo, foi suficiente para que a multinacional decidisse há três anos que era hora de ter um dos seus nove centros de serviços, pesquisa e desenvolvimento instalado na região.
O espaço foi oficialmente inaugurado no campus da Unisinos, em São Leopoldo, nesta terça-feira, 23, com investimentos de cerca de R$ 40 milhões. Nele trabalham 200 pessoas, quantidade que pode subir até 375.
Uma escalada da importância do SAP Labs Brazil frente aos “concorrentes” instalados na Alemanha, Estados Unidos, Canadá, Hungria, Bulgária, Índia e China, totalizando 4,5 mil pessoas, vai depender de bem mais do que isso, no entanto.
“O Brasil pode desempenhar um papel maior na área de P&D quando a retomada da economia acontecer”, afirma o belga Erwin Gunst, COO da SAP. “Mas para isso o país precisaria modernizar o sistema fiscal e trabalhista”, completa o holandês Erwin Rezelman, presidente da SAP Labs Brazil, hoje ainda o menor da família.
Rezelman elogia os últimos esforços do governo brasileiro para favorecer as exportações de software, que já beneficiam o SAP Labs Brazil. Mas com a experiência de quem foi responsável pela abertura e desenvolvimento da operação chinesa, enfatiza a necessidade simplificar mais as coisas por aqui.
De acordo com os dois Erwins, se a decisão de fazer um investimento como o SAP Labs dependesse exclusivamente do fator econômico e incentivos fiscais, o prédio inaugurado hoje – já famoso por ser o primeiro prédio verde no país, onde 100% da água é reciclada – não existiria.
“O determinante foi a proximidade dos clientes e a busca de novos talentos”, comenta Gunst, que apesar do jeito sóbrio e direto ao ponto característico dos executivos europeus prefere ser chamado pelo diminutivo Ernie. “A carga básica de impostos brasileira é similar à existente na China ou na Índia, mas os adicionais somam mais 60%, contra 10% deles”, resume Rezelman.
Apesar dos dois executivos enfatizarem a multiplicidade de fatores envolvidos na decisão de ampliar ou reduzir investimentos nos centros de P&D – “Não vamos transferindo projetos baseados só em custos”, garante o COO Ernie –, fica claro que um “ambiente melhor” pode ser determinante para a construção da fase 2 do SAP Labs, ainda sem datas ou orçamento definidos.
Apesar do país não fazer muito esforço para atratir investimento estrangeiro, o SAP Labs Brazil vem aumentando em termos de importância mesmo assim.
O desenvolvimento do módulo de pagamentos da solução de RH da empresa para os Estados Unidos, antes dividido os centros americano e indiano, foi concentrado em São Leopoldo, assim como o e a soluções, antes feito desde Buenos Aires.
Os problemas para contratar e reter mão de obra, reclamação freqüente de empresários gaúchos, também não tiram o sono de Rezelman. De acordo com o executivo, o centro poderia chegar às 800 pessoas sem maiores problemas e o turnover ficaria entre 2% e 4% - na Índia, a cifra chega a 19%.
Os colaboradores atualmente contratados também são experientes: 49% do total têm mais de nove anos de experiência da área de TI, e outros 30%, entre seis e oito.
“Oferecer um ambiente de trabalho multicultural com possibilidades de crescimento ajuda”, comenta Rezelman, destacando que os colaboradores decidiram como seriam os móveis e qual seria a distribuição no novo ambiente de trabalho.
Comentário no Quentinhas
A inauguração do SAP Labs Brasil foi comentada pelo editor do Baguete, Maurício Renner, em dois posts no blog Quentinhas.
Confira a opinião do jornalista nos links relacionados abaixo.
O espaço foi oficialmente inaugurado no campus da Unisinos, em São Leopoldo, nesta terça-feira, 23, com investimentos de cerca de R$ 40 milhões. Nele trabalham 200 pessoas, quantidade que pode subir até 375.
Uma escalada da importância do SAP Labs Brazil frente aos “concorrentes” instalados na Alemanha, Estados Unidos, Canadá, Hungria, Bulgária, Índia e China, totalizando 4,5 mil pessoas, vai depender de bem mais do que isso, no entanto.
“O Brasil pode desempenhar um papel maior na área de P&D quando a retomada da economia acontecer”, afirma o belga Erwin Gunst, COO da SAP. “Mas para isso o país precisaria modernizar o sistema fiscal e trabalhista”, completa o holandês Erwin Rezelman, presidente da SAP Labs Brazil, hoje ainda o menor da família.
Rezelman elogia os últimos esforços do governo brasileiro para favorecer as exportações de software, que já beneficiam o SAP Labs Brazil. Mas com a experiência de quem foi responsável pela abertura e desenvolvimento da operação chinesa, enfatiza a necessidade simplificar mais as coisas por aqui.
De acordo com os dois Erwins, se a decisão de fazer um investimento como o SAP Labs dependesse exclusivamente do fator econômico e incentivos fiscais, o prédio inaugurado hoje – já famoso por ser o primeiro prédio verde no país, onde 100% da água é reciclada – não existiria.
“O determinante foi a proximidade dos clientes e a busca de novos talentos”, comenta Gunst, que apesar do jeito sóbrio e direto ao ponto característico dos executivos europeus prefere ser chamado pelo diminutivo Ernie. “A carga básica de impostos brasileira é similar à existente na China ou na Índia, mas os adicionais somam mais 60%, contra 10% deles”, resume Rezelman.
Apesar dos dois executivos enfatizarem a multiplicidade de fatores envolvidos na decisão de ampliar ou reduzir investimentos nos centros de P&D – “Não vamos transferindo projetos baseados só em custos”, garante o COO Ernie –, fica claro que um “ambiente melhor” pode ser determinante para a construção da fase 2 do SAP Labs, ainda sem datas ou orçamento definidos.
Apesar do país não fazer muito esforço para atratir investimento estrangeiro, o SAP Labs Brazil vem aumentando em termos de importância mesmo assim.
O desenvolvimento do módulo de pagamentos da solução de RH da empresa para os Estados Unidos, antes dividido os centros americano e indiano, foi concentrado em São Leopoldo, assim como o e a soluções, antes feito desde Buenos Aires.
Os problemas para contratar e reter mão de obra, reclamação freqüente de empresários gaúchos, também não tiram o sono de Rezelman. De acordo com o executivo, o centro poderia chegar às 800 pessoas sem maiores problemas e o turnover ficaria entre 2% e 4% - na Índia, a cifra chega a 19%.
Os colaboradores atualmente contratados também são experientes: 49% do total têm mais de nove anos de experiência da área de TI, e outros 30%, entre seis e oito.
“Oferecer um ambiente de trabalho multicultural com possibilidades de crescimento ajuda”, comenta Rezelman, destacando que os colaboradores decidiram como seriam os móveis e qual seria a distribuição no novo ambiente de trabalho.
Comentário no Quentinhas
A inauguração do SAP Labs Brasil foi comentada pelo editor do Baguete, Maurício Renner, em dois posts no blog Quentinhas.
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