
Analistas estão preocupados com a situação. Foto: Arif Riyanto on Unsplash.
O Brasil pode entrar na chamada recessão técnica (dois trimestres consecutivos de queda no PIB) já no final de maio, quando o IBGE divulgar os dados de crescimento do segundo trimestre.
Uma matéria da Zero Hora detalha o cenário. Considerado uma prévia do PIB, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) caiu 0,68% no primeiro trimestre, fazendo com que a projeção do PIB calculado pelo IBGE também seja negativa.
Para completar o quadro, o resultado do trimestre anterior costuma ser revisado na divulgação do atual.
Como o PIB cresceu apenas 0,1% entre outubro e dezembro do ano ado, há possibilidade de o dado ser atualizado para baixo e, consequentemente, tornar-se negativo, e com isso, estar estabelecido o cenário de recessão técnica.
Uma recessão para valer é caracterizada pelo declínio expressivo da atividade em diversos setores durante período maior, como visto entre 2015 e 2016, quando o PIB caiu por oito trimestres consecutivos.
Mesmo que o cenário de recessão técnica não se configure, o histórico não é nada bom: o melhor trimestre foi o primeiro de 2017, com um crescimento de 1,5%. Todos os demais do ano ficaram entre 0,1% e 0,3%. No ano de 2015 inteiro, o melhor trimestre apresentou crescimento de 0,5%.
As projeções do PIB para 2019 de analistas do mercado financeiro consultados no boletim Focus do Banco Central vem sendo continuamente revisadas para baixo, ando de 2,55% em dezembro do ano ado para 1,24% em maio.