
Hitachi busca oportunidades em storage. Foto: watcharakun / Shutterstock
A Hitachi Data Systems, multinacional do segmento de equipamentos para storage, vê o Brasil como um dos principais focos de crescimento para a companhia nos próximos anos, de olho em clientes de alto valor para isso.
Quem diz isso é Marcelo Sales, diretor de produtos e soluções para a América Latina da companhia, apontando o uso da nuvem como um dos principais fatores para este crescimento.
"O mercado latino como um todo está dando uma guinada forte para a nuvem, o que exige uma demanda forte sobre os data centers. É aí que nós entramos", afirma o executivo.
Para Sales, o crescente mercado de virtualização (nuvem, servidores, processamento), mesmo que prático e expansível, ainda depende do hardware em suas instâncias mais básicas.
"Provisionamento por virtualização só é possível quando há estrutura física por baixo. Nosso mercado está presente no mundo real, 'no ferro' mesmo", afirma o diretor.
No Brasil, a tal guinada citada por Sales encontra respaldo em diversas empresas que estão investindo em centros de dados no Brasil. Segundo a Frost & Sullivan, o mercado brasileiro de computação em nuvem deve saltar de US$ 328,8 milhões em 2013 para US$ 1,1 bilhão em 2017
A mais recente empresa a investir em nuvem foi a SAP, que investirá cerca de R$ 19 milhões em colocation em um data center em São Paulo. Com isso a multinacional oferecerá o software de gestão de RH Success Factors via cloud.
Nos últimos meses, IBM, Microsoft, Huawei, Dimension Data, VMware e Dell também fizeram anúncios do tipo. Para a Hitachi, ofertas de colocation e nuvem são uma grande oportunidade no país.
"Nosso interesse é de fornecer soluções e equipamentos para estas estruturas. Investimos no desenvolvimento de soluções convergentes, com appliances certificados para SAP Hana e Hyper-V", afirma o executivo.
Segundo o executivo, no mercado latino-americano a companhia registrou "crescimento de dois dígitos" nos últimos anos, embora não tenha dado valores.
Além do badalado mercado de data centers e outsourcing, a Hitachi também mira contratos com operadoras de telecom, assim como instituições financeiras e governo, clientes que não deixarão de investir em infraestrutura interna.
"Nestes casos a huvem híbrida será uma tendência. Por motivos de segurança e integridade de dados, o full outsourcing pode não ser a melhor idéia para um banco, por exemplo", afirma o executivo.
Na região Sul, onde a HDS conta com um escritório em Porto Alegre, a empresa possui como clientes estatais o Banrisul e a Procergs.