A Nokia estaria próxima de anunciar uma parceria com a Microsoft, informa a Bloomberg.
Segundo matéria publicada pelo site da agência de notícias norte-americana na manhã dessa quinta-feira, 10, o acordo seria mais uma tentativa da empresa finlandesa de se fortalecer no mercado de smartphones e dispositivos móveis, atualmente dominado por Apple e Google.
Citando fontes anônimas próximas do assunto, a matéria diz que o CEO da Nokia, Stephen Elop, e o CEO da MS, Steve Ballmer, já conversaram sobre o assunto.
A ideia seria fazer uma parceria hardware/software, colocando o Windows Mobile nos celulares da Nokia.
Sem alianças, só parcerias
Elop também teria conversado com Eric Schmidt, ex-CEO do Google, sobre o uso do Android.
Conforme uma fonte da Bloomberg, a Nokia preferiu uma estratégia com uma empresa de software do que fazer parte de uma aliança licenciada para usar o Android em seus aparelhos, que tem nomes como Sansung e HTC como suas maiores representantes.
A ideia seria incrementar a grande participação da empresa em mercados emergentes com os conhecimentos de software e internet da Microsoft.
A lanterna e a líder
Em números, a Microsoft mira na empresa certa para embarcar o Windows Mobile. Apesar da queda de 25%, a Nokia segue líder do mercado, com 28,9% de participação, segundo a Gartner.
No embalo das 461 milhões de unidades vendidas em 2010, o Symbian segue liderando entre as plataformas de smartphones, com 37,6% de mercado.
A concorrência, no entanto, é feroz. Entre 2009 e 2010, o Android cresceu quase seis vezes em participação de mercado – chegando à segunda plataforma mais utilizada. Já o iOS, da Apple, teve avanço de 9,03% na mesma comparação, e hoje é a quarta maior plataforma.
No meio da briga, a RIM, na terceira posição, com 16% de mercado. Em quinto lugar, na lanterna do mercado, surge o Windows para celulares, com 4,2% de mercado, pouco menos da metade do que tinha um ano antes.
Espírito renovado
Segundo a Bloomberg, Elop deve anunciar mudanças na estratégia da Nokia em um evento marcado para essa sexta-feira, 11, em Londres.
O executivo da Nokia, de 47 anos, ex-empregado da Microsoft, estaria também apostando num esforço maior de pesquisa. O orçamento da empresa destinado a área chega a US$ 8,1 bilhões – quatro vezes o da Apple.
“Ainda assim nós ainda não temos um aparelho que consiga se igualar ao smartphone deles”, teria escrito Elop em um memorando a funcionários vazado no site Engadget nessa quarta-feira, 09.
Agora é tarde
Para investidores e analistas, a parceria com a Microsoft pode ser tardia.
“Poucas companhias voltam a conquistar a liderança depois de a perderem”, disse Hakim Kriout, gerente de fundos na Grigsby & Associates, acionista da Nokia.
Segundo Kriout, muitas vezes as ex-líderes de mercado não pecaram em um único aspecto da estratégia, mas sim de uma combinação de problemas que as derrubaram da posição mais favorecida.
Leia a matéria completa da Bloomberg (em inglês) nos links relacionados abaixo.