CHIADEIRA

Black Friday cheia de descontos maquiados 3740c

Consumidores reclamam de preços inflados para mascarar descontos e Procon intima empresas de e-commerce. 6o331y

23 de novembro de 2012 - 17:44
Algumas promoções sofreram maquiagem. Foto: flickr.com/photos/reanjos

Algumas promoções sofreram maquiagem. Foto: flickr.com/photos/reanjos

Aberto à meia-noite de sexta-feira, 23, nas lojas virtuais do país, o Black Friday brasileiro vêm causando congestionamentos e correria dos consumidores mais afoitos pelas ofertas com até 70% de desconto, conforme prometido pelos varejistas.

Porém, os compradores mais atentos estão identificando e reclamando dos preços inflados, "maquiados" pelas lojas com descontos gigantes, ando a impressão de economia.

Em redes sociais como Twitter e Facebook, a frase mais divulgada na tarde desta sexta-feira foi "Black Friday no Brasil - tudo pela metade do dobro".

"Algumas lojas acham que os consumidores são idiotas. #BlackFridayBrasil em um país como o nosso. Pra cima de mim, não! Vamos pesquisar", declarou um usuário da rede.

Segundo leitores do Baguete, os descontos existem, mas é preciso procurar. "Boa parte é enganação, mas procurando bem consegue coisa boa e com um bom desconto", afirmou um deles no Twitter.

"A maioria esta aplicando descontos sobre um valor mais alto que a média. TVs de R$ 1200,00 vendidas a R$ 1199,00 mas colocam que o valor anterior era de R$ 1600,00. As empresas estão tentando enganar o consumidor e não aproveitar a data", afirmou o leitor Aldo Pacheco.

Apesar da quantidade de descontos "reais" - como licenças do Office 2010 por R$ 39 - as reclamações procedem. Casos como o do mdelo 40EH5300, smart TV da Samsung, consta em sites com preço de tabela de R$ 2,2 mil, com descontos de até R$ 600 reais em algumas lojas.

No entanto, durante o ano, o mesmo aparelho já foi oferecido em sites participantes do Black Friday por R$ 1,4 mil, valor abaixo do praticado durante a Black Friday, segundo aponta o site Já Cotei.

PROBLEMAS DE CONEXÃO
As reclamações dos consumidores foram além dos flagras nos preços enganadores. Em sites como Americanas, Fnac e Submarino, muitos usuários não conseguiram concluir suas compras, devido à lentidão nos servidores.

O congestionamento nos sites devido ao grande o gerou comentários indignados no Twitter. O Submarino entrou inclusive nos Trending Topics da rede social na tarde de sexta, devido às reclamações.

PROCON VIU
De olho na manobra dos sites, o Procon-SP foi atrás e constatou preços inflados em diversos sites participantes da promoção. As empresas Extra (lojas física e virtual), Ponto Frio, Submarino, Americanas, Walmart, Saraiva e Fast Shop foram notificadas pela entidades e devem se explicar até a sexta-feira, 30.

Em nota à imprensa, o site Busca Descontos, que organiza a iniciativa no país, informou ter bloqueado cerca de 500 ofertas irregulares. Mesmo assim, terá que dar explicações ao órgão sobre as dificuldades sofridas pelos consumidores no o às ofertas online.

MAIOR DATA DO COMÉRCIO

Em 2011 o Black Friday rendeu cerca de R$ 100 milhões aos varejistas. Para este ano, as empresas de e-commerce esperam movimentar R$ 135 milhões, cifra que tornaria a data a ocasião mais lucrativa para o setor no ano, superando o Natal.

De acordo com o analista Fernando Di Giorgi, o Black Friday foi criado nos Estados Unidos como uma grande desova para as lojas liberarem espaços em seus estoques para a temporada de Natal.

No caso do e-commerce, conforme aponta Di Giorgi, também é uma chance de preparar sua logística de entrega para o pico de vendas que chega com o final de ano.

"Em outra época se ia pensar que fez isso porque ninguém comprou e deve ser porcaria. Mas quando a desova é institucional não fica tão chato", explica.

De acordo com a e-bit, atualmente no Brasil são mais de 37 milhões de e-consumidores. No primeiro semestre, o comércio eletrônico faturou R$ 10,2 bilhões, resultado de aproximadamente 29,6 milhões de encomendas feitas junto às lojas virtuais brasileiras.

GANHOU PERDENDO

O varejo do sul ficou de fora do agito e da polêmica do Black Friday por um simples motivo: com exceção da Colombo e da Taqi, ninguém mais participou.

De acordo com Paulo Kendzerski, diretor da WBI Brasil, o e-commerce da região perde uma grande oportunidade com a ausência na promoção.

"É uma grande chance de expandir a base de clientes para outros estados, e com a exposição nacional que esta campanha proporciona, seria uma grande chance de fazer isso", destaca.

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