
Matt Wood. Foto: divulgação.
A Amazon Web Services (AWS) está pronta para atender o governo brasileiro, fornecendo os seus serviços de computação em nuvem em parceria com órgãos como o Serpro, no Imposto de Renda.
Com dois datacenters em expansão no país, a AWS usa a carta de ter a estrutura local para garantir a segurança do armazenamento dos dados a sua propriedade para o cliente que contrata o hosting.
Mesmo com as suspeitas levantadas com o escândalo de espionagem e vazamento de dados exposto pelo analista da CIA Edward Snowden, que envolveu empresas como Google, Yahoo e Microsoft, a AWS reforça sua atuação local para conquistar clientes. A informação é do Convergência Digital.
"O Brasil tem duas zonas de armazenamento - ambas em São Paulo - para atender esse requisito. E estamos em expansão porque os serviços na nuvem se consolidam e atraem cada vez mais as empresas", destacou José Nilo, diretor de vendas da empresa na América Latina
No varejo e no setor industrial, a AWS já conta com empresas de peso, como o Magazine Luiza, Hidrovias e Serasa Experian. O setor público é a próxima fronteira. No entanto, a resistência é forte.
Por exemplo, nas últimas semanas, o governo nacional franziu a testa para a presença do Google do país, exigindo a instalação de um data center no país para preserver os dados dos usuários brasileiros.
No momento, o Google só conta com um data center na América Latina, localizado no Chile.
No entanto, como frisa Matt Wood, principal cientista da área de dados da AWS, a configuração da Infraestrutura como Serviço (IaaS) e a segurança dos dados fica por conta do cliente.
"A gestão é de responsabilidade compartilhada. Somos uma empresa norte-americana, mas temos atuação, com datacenters locais, nas regiões de nosso interesse para que possamos atender as regras de compliance", explicou.
Segundo Wood, a infraestrutura da AWS está preparada para ar operações de pico elevado - e com dados de alta sensibilidade - como fluxos de entrega do imposto de renda e apuração das eleições.