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Atlas é líder em fogões. Foto: Caruso Christian / Shutterstock
A Atlas Eletrodomésticos, fabricante de eletrodomésticos que está entre as três maiores indústrias de fogões a gás do país, migrou seu sistema de gestão da Datasul para a SAP com consultoria da Pelissari.
A companhia, sediada em Pato Branco, a 433 quilometros da capital paranaense, também implementou a solução fiscal da Pelissari, o Soficom.
A Atlas era cliente Datasul há pelo menos uma década, antes mesmo da aquisição da empresa pela Totvs.
O faturamento da Pelissari em 2013 foi de R$ 56 milhões, uma alta de 5% frente ao ano anterior.
Sediada em Curitiba, a Pelissari tem unidades em Caxias do Sul e ville. A lista de clientes inclui nomes como Tupy, Tigre e Embraco em Santa Catarina, Grupo Randon e Marcopolo no Rio Grande do Sul e Arauco, GVT, Positivo, Renault no Paraná.
A migração da Atlas é mais um caso de um ex-cliente Datasul levado pela SAP.
O cenário costuma se repetir: empresas que entraram na base Datasul faturando na faixa dos R$ 100 milhões (a Atlas faturava R$ 174 milhões em 2004) entram na mira da SAP depois de incrementar esse faturamento (não há números da Atlas para agora, mas é fácil imaginar algo na faixa dos R$ 500 mlhões com o boom de consumo na classe C).
Casos similares aconteceram nos últimos anos na Kepler Weber, a maior empresa brasileira do setor de armazenagem, beneficiamento e movimentação de grãos, na fabricante de estruturas metálicas Medabil e na Hering, uma das maiores confecções do país.
A própria Totvs está trabalhando na conversão da base Datasul, ou, como os executivos da empresa preferem apresentar o assunto, no upgrade dos softwares para o novo sistema de gestão Totvs 11.
Só nos últimos meses no Rio Grande do Sul, na Piá, cooperativa gaúcha da área de laticínios, na Soprano, maior produtora de fechaduras da América Latina, e na fabricante de calçados Grendene, todos (principalmente a última, uma das maiores clientes Totvs do país) alvos potenciais para a SAP.
Segundo dados de uma pesquisa feita pela Fundação Getúlio Vargas (EAESP-FGV) até o final de 2013, a Totvs dominou a faixa que envolve empresas que possuem entre 170 e 700 teclados, com 41% de participação, ante 24% da SAP, 17% da Oracle e 18% de outras empresas.
Quando a faixa muda para empresas com mais de 700 teclados, a empresa alemã a a ser a líder, pouco mais da metade do mercado, 52%, contra 21% da Oracle, 20% da Totvs e 7% de oturas empresas.
A disputa pela base Datasul só começou.