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A Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto) lançou um programa de certificação para profissionais que desejam atuar como especialistas em ativos virtuais.
A certificação é voltada para profissionais de tecnologia, compliance, advocacia, auditoria e estudantes. O exame é estruturado em três módulos: fundamentos, negócios e regulação.
Na prova, serão abordados temas de tecnologia, como blockchain e registro distribuído, diferenças entre criptomoedas e tokens, além do funcionamento de redes como Bitcoin e Ethereum.
No módulo de negócios, serão discutidos serviços na Web3, exchanges, custódia e DeFi (finanças descentralizadas). Já na área de regulação, serão tratados temas como normas brasileiras, combate à lavagem de dinheiro e questões tributárias.
As provas são compostas por 30 questões de múltipla escolha. O candidato precisa obter 70% de acertos para emitir o certificado. Quem atingir 50% de acertos terá direito a uma segunda tentativa sem custos adicionais.
A prova será realizada em ambiente virtual e acontecerá a partir de 20 de janeiro de 2025. O valor do exame é de R$ 199, conforme informado no site da ABCripto.
A Certificação de Especialista em Ativos Virtuais (CEAV) tem como objetivo capacitar aqueles que desejam atuar em empresas prestadoras de serviços em ativos virtuais no país.
O Brasil vem enfrentando uma expansão no mercado de criptomoedas. Em 2023, o número de investidores em ativos digitais triplicou, chegando a 4,1 milhões, segundo a Receita Federal. Em 2022, esse número era de 1,5 milhão.
Uma comparação entre a entrada de investidores por ano na Bolsa de Valores do Brasil (B3) e no mercado de criptomoedas destaca a força dos ativos virtuais. A B3 registra uma adesão anual de aproximadamente 30 mil investidores, enquanto o mercado digital apresenta uma média de 293 mil.
Instituições financeiras já atuam fortemente nesse mercado. O Banco do Brasil investe no ETF de bitcoin da BlackRock, o Itaú desenvolveu o Itaú Digital Assets e o Nubank permite a compra e venda de criptomoedas diretamente em seu aplicativo.
Além disso, há o DREX, a moeda digital do Banco Central, com lançamento previsto para 2025. O DREX será a versão digital do real brasileiro.
Fundada em 2018, a Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto) representa o setor de ativos digitais no país e trabalha na organização e no desenvolvimento do ambiente de negócios.