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Uma pesquisa da empresa de recrutamento e seleção Trabalhando.com aponta que o assédio sexual a mulheres no ambiente de trabalho é uma conduta epidêmica no Brasil.
A empresa entrevistou uma mostra de 478 pessoas, dentre as quais o contingente feminino afirmou já ter percebido assédio sexual em 63% dos casos.
Na média, entre homens e mulheres, 40% da mostra afirmou ter sofrido assédio. Não surpreendentemente, entre os que disseram ter sido assediados a proporção é de um homem para cada quatro mulheres.
“Resolvemos fazer a pesquisa para mostrar que é uma situação que ocorre muito, mas de maneira silenciosa”, explica Renato Grinberg, diretor-geral da Trabalhando.com.
A pesquisa foi feita na grande São Paulo e na Baixada Santista. A empresa não divulgou a composição social da mostra, o que consistiu assédio sexual na definição do estudo ou o período de tempo no qual o assédio pode ter sido sofrido.
As queixas de assédio estão em alta no Brasil, onde o crime foi tipificado em 2001. No Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, De janeiro a agosto de 2011, foram registradas 10.678 queixas sobre o tema, uma alta de 43,4% frente aos números do ano anterior.
Segundo o Ministério do Trabalho, esse tipo de assédio se caracteriza pela abordagem, não desejada pelo outro, com intenção sexual ou insistência inoportuna de alguém em posição privilegiada que usa dessa vantagem para obter favores sexuais de subordinados.
O assediador oferece uma vantagem na empresa ou ameaça demitir a vítima, por exemplo.