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Eduardo Eurnekian de olho na SIX. Foto: divulgação.
Eduardo Eurnekian, empresário argentino dono da holding Corporacion America, é o possível novo comprador da parte de Eike Batista na fábrica de chips de computador SIX, em Minas Gerais.
Segundo informação do Valor, Eurnekian estará em Belo Horizonte nesta segunda-feira, 13, para uma reunião com Luciano Coutinho, presidente do BNDES, assim como para uma visita à fábrica de semicondutores.
Para aumentar a especulação, em um comunicado divulgado este sábado, 11, a Corporacion America confirmou estar em negociações para adquirir a participação acionária de Eike Batista, que é de 33%, uma fatia de tamanho semelhante à do BNDES.
Desde setembro, o banco de investimentos está em busca de compradores para a parte de Eike, temerosos por uma possível desvalorização do negócio, em função dos prejuízos do grupo EBX no ano ado.
Além da EBX e do BNDES, a Six tem como acionistas a IBM, com 18,08%, e o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), com 7,2%. Outras duas empresas privadas, Matec e WS-Intecs, têm, juntas, uma fatia de 8,6%.
Em julho, a EBX informou que a construção da fábrica da Six seguia dentro do cronograma, com entrega da infraestrutura prevista para o fim de dezembro. Em 2014, seria feita a instalação de equipamentos e consolidação de processos, para iniciar a operação comercial em 2015.
Os mercados visados pela Six, que se apresenta como um rival para a estatal gaúcha Ceitec, são os de medicina (para sensores que medem sinais vitais, por exemplo) e de cartões inteligentes.
Outro produto de interesse da Six são os chips de identificação para o novo aporte brasileiro, assim como identidade com chip embarcado, que o governo planeja emitir no futuro.
O interesse do grupo argentino em fabricantes de chips de computador não é de agora. No ano ado, a companhia inaugurou uma fábrica de chips em Chascomus, no interior da Argentina.
Eurnekian, que tem uma fortuna avaliada em US$ 1,8 bilhão, já possui outros investimentos no Brasil, entre eles participação acionária no consórcio que arrematou a concessão do aeroporto internacional de Brasília.