
Este Apple Watch custa US$ 10 mil. Foto: reprodução.
Depois de anos de antecipação e uma grande expectativa em torno do mercado de wearables, a Apple anunciou oficialmente a sua investida neste segmento, revelando o seu smartwatch em evento realizado em San Francisco nesta segunda-feira, 09.
O Apple Watch entra na briga dos relógios inteligentes, em que empresas como Samsung, LG, Sony, assim como empresas de fitness já competem há mais de um ano. Entretanto, para a empresa de Cupertino, o seu primeiro wearable teve suas razões para chegar depois.
Segundo as palavras do próprio CEO da companhia, Tim Cook, o relógio chega como o "mais pessoal e avançado dispositivo que a empresa já criou". Além disso, a empresa focou no aspecto do produto.
Com início de pré-vendas em 10 de abril e lançamento previsto para 24 de Abril em nove países (Estados Unidos, Reino Unido, Australia, Canadá, China, França, Alemanha, Hong Kong e Japão), o produto partirá de US$ 350 em seu modelo mais modesto, podendo ir até US$ 10 mil em sua iteração mais luxuosa, que é banhada em ouro 18 quilates.
"Ele não apenas anda com você, está EM você", afirmou Cook. "Como é uma expressão de quem você é, desenvolvemos o Apple Watch para um público variado, com diferentes gostos e preferências", afirmou o CEO.
De acordo com o site norte-americano CNET, o foco no Apple Watch é uma das principais estratégias da marca para aumentar sua força além da acirrada disputa no mercado de smartphones, aproveitando o bom momento que a companhia desfruta com o sucesso do iPhone 6.
Com seu último smartphone, a companhia registrou um crescimento de 70% em suas vendas no último trimestre de 2014. Com o Watch e o Apple Pay, sua ferramenta de pagamentos eletrônicos, a companhia californiana quer capitalizar em cima deste sucesso.
Com o smartwatch, a Apple mira novos campos de atuação para empresa, como aplicações de saúde. No evento, a companhia anunciu um novo software chamado ResearchKit, com foco em fitness e monitoramento de saúde.
Além disso, o relógio também será compatível com o Apple Pay, interagindo com terminais NFC da tecnologia. Com isso, os usuários do Apple Watch nem precisam retirar o smartphone do seu bolso para pagar pelas compras. Outros recursos também foram apresentados, como a capacidade de controlar produtos como a Apple TV pelo relógio.
Mesmo com todas a parte funcional, a parte que mais salta aos olhos com o lançamento do Apple Watch é realmente seu foco no luxo, como se o produto fosse mais uma peça de joalheria do que um gadget, como a maioria de outras companhias trataram os seus lançamentos.
Segundo o Wall Street Journal, o produto tentará caminhar uma fina linha entre produtos de luxo e eletrônicos, criando diferentes tipos de expectativas do consumidores sobre qualidade, durabilidade e experiência de compra.
A Apple já tinha sugerido esta abordagem no final do ano ado, quando colocou o produto em um editorial de 14 páginas na Vogue, uma das mais respeitadas publicações de moda do mundo.
As previsões da Apple para o Watch são otimistas. De acordo com a produção encomendada com suas manufaturas na Ásia, a companhia está se preparando para vender de cinco a seis milhões de relógios apenas nos primeiros três meses de lançamento.
Fontes ligadas à Apple afirmaram ao WSJ que metade deste número será do modelo básico, e um terço da produção será dos modelos intermediários.
O total previsto pela companhia californiana está em sintonia com o número de vendas alcançado pelo último lançamento original da marca, que foi o primeiro iPad, em 2010. O tablet vendeu 7,5 milhões de unidades em seis meses de lançamento.
Caso a empresa alcance sua meta, ela facilmente se tornará a empresa mais forte no mercado de smartwatches, batendo todas as marcas concorrentes de uma única vez. Segundo a consultoria Canalys, o mercado mundial de wearables Android Wear vendidos no segundo semestre de 2014 não a de 720 mil dispositivos.
Segundo a ABI Research, a Apple deve vender 11,8 milhões de smartwatches em 2015, contabilizando a metade de todos os wearables no mundo, incluindo pulseiras de fitness e wearables não Android.
Enquanto isso, o Google Glass...