.jpg?w=730)
Donald Trump e Tim Cook, CEO da Apple, em visita à fábrica da empresa. Foto: Casa Branca/divulgação.
A Apple anunciou que vai produzir internamente os processadores dos seus novos computadores Mac, abandonando a Intel, que era fornecedora da empresa há 15 anos.
De acordo com o New York Times, os primeiros Macs com chips da Apple chegam até o final do ano e a transição completa levará dois anos.
O movimento da Apple, que busca controlar os componentes principais que sustentam seus principais dispositivos, seria o mais recente sinal do crescente poder e independência das maiores empresas de tecnologia.
Enquanto empresas como Dell e HP confiam na Intel para os chips em seus laptops, a Apple se tornou grande o suficiente para projetar e produzir seu próprio silício com a ajuda de fabricantes asiáticos.
A empresa já fabrica chips próprios para iPhones, iPads e Apple Watch e agora fará isso para o Mac, sua principal linha de produtos.
Com os processadores da Apple, a empresa promete tornar os computadores Mac mais rápidos e poderosos, com menor consumo de energia.
"Quando olhamos para o futuro, visualizamos alguns novos produtos surpreendentes e a transição para o nosso próprio silício personalizado é o que nos permitirá dar vida a eles", afirmou Tim Cook, CEO da Apple, no anúncio.
Para usuários do Mac, a mudança mais perceptível será que os aplicativos para iPhone e iPad funcionarão diretamente no Mac, com pouca ou nenhuma alteração necessária por seus desenvolvedores.
Ainda de acordo com a publicação, a Intel vende cerca de US$ 3,4 bilhões em chips para Mac a cada ano, o que representa menos de 5% das sua vendas anuais.
"A Intel continua focada em fornecer as experiências mais avançadas de PC e uma ampla gama de opções de tecnologia que redefinem a computação", disse a empresa em comunicado.
Como a transição completa vai levar dois anos, a Apple segue com vários Macs baseados em Intel em seu pipeline de produtos.
A expectativa é de que os novos chips da Apple sejam fabricados pela Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC), com a qual a empresa tem negócios para criar componentes semelhantes projetados para iPhones e iPads.
Seria um acordo muito parecido com o uso da Foxconn pela Apple para montar iPhones.
Recentemente, o The Wall Street Journal informou que Trump estaria em negociações tanto com a Intel quanto com a TSMC para desenvolver novas fábricas de semicondutores nos Estados Unidos.
A preocupação do presidente americano é que a maioria das fábricas da TSMC ficam em Taiwan, ainda considerada pelo governo chinês como uma província, não como um país independente.