
Lucas Peng. Foto: divulgação.
O Alibaba, gigante chinês do mercado de comércio eletrônico, tem planos de trazer a sua plataforma B2B de e-commerce para que empresas brasileiras possam exportar seus produtos para a China.
De acordo com Lucas Peng, chefe de negócios do AliExpress, braço de vendas do grupo asiático, o Brasil se tornou um mercado prioritário para a companhia, que resolveu aumentar seus investimentos no país. Entretanto, o empresário não revelou valores.
Atualmente o Brasil é terceiro país mais importante dentre os mercados onde o Alibaba atua. Segundo explicou Peng durante o Fórum e-Commerce Brasil, em São Paulo, a plataforma internacional de e-commerce atenderá parceiros locais e afiliados.
A plataforma de vendas negócio a negócio (B2B, na sigla em inglês), chamada 1699.com, abrirá oportunidaes para fabricantes locais para entrar no mercado chinês, no qual o Alibaba e seus diferentes sites movimentam cerca de US$ 300 bilhões anuais - um voluma acima da Amazon, por exemplo.
Ao entrar no 1688.com, as marcas brasileiras poderão se conectar com um mercado composto por mais de 40 mil lojistas chineses.
Pelo modelo de B2B online, o Alibaba também oferecerá às empresas sistemas online de contrato, soluções de financiamento e, no futuro, soluções logísticas, aproveitando a estrutura que a empresa já tem com o AliExpress para os brasileiros que compram da China.
Em meados de 2013, a companhia anunciou planos de criar no país um centro de distribuição dedicado às compras brasileiras no AliExpress, que ainda geram dor de cabeça para alguns pedidos, que ficam retidos em barreiras alfandegárias. Entretanto, até o momento o plano não chegou a evoluir.
O AliExpress atualmente é o quarto maior varejista online do Brasil, com 16,9 milhões de os ao mês. Globalmente, ele tem mais de 350 milhões de usuários ativos.
Além dos investimentos em novos negócios no país, a empresa está desenvolvendo novos meios de pagamentos, além de cartões internacionais, como o acordo feito com a Visa e a Ebanx, a fim de criar um cartão pré-pago.
"O Brasil é onde testamos iniciativas inovadoras, tendo em vista que o consumidor brasileiro é muito exigente. Se der certo no Brasil, faremos no futuro um rollout para outros países", finalizou Peng.